A recessão no Brasil deve ser menor que o previsto, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que mudou a estimativa de queda de 4,3% para 3,3%. Em 2017, a entidade espera uma retração no Produto Interno Bruto brasileiro de 0,3%, frente a 1,7% da previsão anterior.
A justificativa para a melhora mescla argumentos econômicos – a alta nos preços de algumas commodities – com ideológicos – a volta da confiança com as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo Temer.
O desempenho do Brasil, mesmo assim, deverá ser o pior entre os principais países avaliados pela OCDE. A entidade anunciou as previsões de crescimento global, e o ritmo de crescimento da economia mundial será mais lento do que o esperado há três meses, diante de sinais mais fracos no comércio e aumento nos riscos de instabilidade financeira.
A economista-chefe da OCDE, Catherine Mann, alerta para uma armadilha de baixo crescimento. Depois de uma variação de 3,1% no ano passado, a previsão é que o PIB mundial avance 2,9% este ano, 0,1 ponto percentual inferior à estimativa divulgada em junho. Para 2017, a OCDE prevê alta de 3,2%.
Para os Estados Unidos, a entidade espera crescimento de 1,4% em 2016 e 2,1% em 2017. A região do euro deve chegar a 1,5% de alta este ano, caindo para 1,4% em 2017.