Mundo perde 345 milhões de empregos, mas Guedes está otimista

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Ministro da Economia, Paulo Guedes (foto ABr)
Ministro da Economia, Paulo Guedes (foto ABr)

Estudo sobre os impactos da pandemia de Covid-19 no mundo, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostra que cerca de 345 milhões de empregos em tempo integral foram perdidos globalmente somente no terceiro trimestre deste ano. No mesmo período, o equivalente a 225 milhões de empregos foram perdidos nos países do G20, afetando os mais jovens.

Conforme estimativa da entidade, a extensão de medidas temporárias de proteção social por um bom número de países durante a crise do coronavírus tem apoiado a subsistência de quase 645 milhões de pessoas. Guy Ryder, diretor-geral da OIT, diz esperar agora que a promessa dos líderes do G20 – de utilização de todos os instrumentos disponíveis para proteger as pessoas – seja realmente cumprida.

Somente o Brasil perdeu 1,237 milhões de postos de trabalho com carteira assinada no setor privado no terceiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período do ano anterior. A queda foi de 3,4%, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar dos números altos, o ministro da economia, Paulo Guedes, afirma que o país deve perder cerca de 300 mil vagas formais de trabalho neste ano. Otimista, Guedes vê uma retomada de criação de novos postos de trabalho nos últimos meses, mas prevê desaceleração na geração de empregos até dezembro. “Nós vamos possivelmente chegar ao final deste ano perdendo 300 mil empregos, que dizer, 20% do que perdemos nos anos de 2015 e 2016. No ano que enfrentamos a maior crise da nossa história, uma pandemia global, vamos perder entre um quinto e um terço dos empregos perdidos na recessão anterior”, disse Guedes durante o seminário virtual Visão do Saneamento – Brasil e Rio de Janeiro, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

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Segundo o ministro, houve uma perda média anual de cerca de 1,3 milhão de empregos nos anos de recessão de 2015 e 2016. “O Brasil criou 500 mil empregos em julho, 250 mil em agosto e 313 mil em setembro. Está para sair a qualquer momento [os dados de] outubro. Eu nem acredito que vá continuar nesse ritmo tão acelerado. É natural que dê uma desacelerada”, disse.

De acordo com o ministro, todas as regiões brasileiras e setores econômicos estão criando empregos. “A economia voltou em V como esperávamos. O FMI previa uma queda de 9,5% do PIB brasileiro. Vai ser bem menos que a metade”, acredita Guedes.

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