Na balança Trump-Bolsonaro, norte-americano sai rindo

173

As exportações brasileiras para os Estados Unidos cresceram 9,5% em agosto deste ano, na comparação com o mesmo período de 2018. As importações de produtos daquele país aumentaram 27,9%, ou quase três vezes mais. Ao mesmo tempo, o comércio com os outros parceiros importantes (China, Argentina e União Europeia) teve queda.
Considerando-se todos os países, a corrente de comércio do país, ou seja, a soma das exportações e importações, caiu 15% entre agosto de 2018 e agosto de 2019, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). As exportações brasileiras para a Argentina recuaram 38,9% no mês. As vendas para a China caíram 17,1%, enquanto o volume exportado para a União Europeia recuou 7%.
Segundo nota da FGV, isso pode ser explicado pela “desaceleração no comércio mundial e o baixo nível da atividade brasileira”.
“Não há solução ou saída simples. Se essa guerra continuar, pode ser ruim para o Brasil. O risco maior é ela prejudicar o crescimento da China. As nossas exportações de commodities cairiam, para a China e também para os países que dependem do dinamismo chinês para crescer”, disse à RBA o economista e professor da Unicamp Guilherme Mello.
Os valores exportados pelo Brasil, considerando o volume de exportação mais o preço cobrado por esses produtos e serviços, recuaram 13%. O valor dos importados caiu 17%. Em termos de volume, as exportações e importações tiveram a mesma queda (-13%), mas os preços dos bens importados recuaram mais do que os preços dos exportados. Em agosto, todos os setores tiveram queda no volume exportado, com destaque para a indústria de transformação.
 

Espaço Publicitáriocnseg

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui