Na Barra e em Copacabana

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Da década de 50 a este princípio do Século XXI muitas transformações ocorreram  na Barra da Tijuca  e em Copacabana. Naquela parte do Rio que é hoje comparada à cidade de Miami, na Flórida, a juventude  dos Anos 50 desbravava caminhos, montada em suas velozes motocicletas, em busca das praias desertas onde namorar à luz da lua. Na viagem de volta, descendo pela Estrada do Joá, os cavaleiros  da noite paravam em São Conrado para “fazer a lenha”, espécie de confraternização, comendo milho cozido, peixe frito e camarões, bebendo caipirinha e cerveja e fazendo exibições incríveis com  suas máquinas poderosas. Os setentões de agora ainda se lembram, é claro!
Copacabana, na mesma década, também era um paraíso by night: casais de namorados e grupos de amigos curtiam as casas noturnas da moda (Vogue, Jirau, Texas Bar, Fossa, Cangaceiro e o Beco das Garrafas),  nas quais se faziam ouvir cantores como Maysa, Dick Farney, Lúcio Alves, Silvia Telles, Dolores Duran e o doce baiano Dorival Caymi. Na época, chique mesmo era jantar no restaurante “Bife de Ouro”, do Copacabana Palace, fazer a ronda dos bares e ver o amanhecer nas areias da praia…
Nos dias atuais, a Barra da Tijuca é densamente povoada, tem intensa vida diurna e muitas opções para  a noturna (restaurantes, casas de show, teatro e boates. Praticamente,  todos os recursos existentes na Zona Sul estão disponíveis também além-túnel, na Barra: bancos, escolas, hospitais, comércio  – grandes shoppings – e os demais.
Copacabana, por seu lado, já não é o principal ponto de referência da boêmia carioca,  mas  continua tendo  uma das mais belas praias do mundo, que poetas e compositores, além de cronistas e novelistas (quem vê ” Paraíso Tropical” sabe disso) exaltam em prosa, verso e canções.

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Nesta quinta-feira, 23, no átrio do Fórum que fica no centro desta cidade, quatro leiloeiros vão colocar à venda, e bater o martelo pela melhor oferta, imóveis localizados nesses dois bairros quase míticos do Rio de Janeiro. É hora e vez dos que apostam no potencial  da Barra da Tijuca, que ainda não se esgotou, ou no eterno feitiço de Copacabana. Vamos a ver. Quem dá mais?
Primeiro do grupo, Pedro Gomide estará no mini auditório do Fórum às 14h00, tendo como objeto do pregão um apartamento de sala, dois quartos, sacada, cozinha, banheiro e área de serviço, que tem como endereço a Rua Adolpho de Vasconcellos, 204/1703, bloco 2 na Barra. Os lances serão aceitos a partir de R$ 60 mil, que é a metade do valor da avaliação inicial. O telefone para informações é (21) 2215-0093.
No mesmo local (Av. Erasmo Braga, 115, Castelo), às 14h30, assume o posto o leiloeiro Jonas Rymer, que vai disposto a vender o apartamento 1108 do prédio situado na Av. N.S. de Copacabana, 112, de fundos. Trata-se de um clássico conjugado, que era o tipo de moradia mais procurado nos velhos tempos do bairro. Da avaliação inicial de R$ 95 mil, o valor do apê baixou para  um mínimo de R$ 47,5 mil, 50% mais barato! Mais detalhes pelo telefone (21) 2532-2266.
Às 15h Romulo Guerra entra em cena, no mesmo Fórum, com duas lojas do Bayside Center  para entregar a quem oferecer lance igual ou maior que  o estabelecido para a segunda praça dos imóveis, que ficam na Av. das Américas, 120. Uma no primeiro andar, de número 118 e outra no segundo, 208. As novas bases  são de R$ 60,5 mil para a 118 e de R$ 52 mil  para a 208. Ambas as lojas são compostas de sala e banheiro e estão situadas no bloco 5 do Bayside, um dos primeiros centros de compras a instalar-se na Barra da Tijuca São cinco andares comportando 160 lojas comerciais , com 365 vagas para automóveis. Outros dados podem ser obtidos pelo telefone (21) 2532-3032
Finalmente, às 16h, Alexandro Lacerda ocupa o minipalco do átrio do Fórum do Castelo para apregoar o que pode ser a realização de um sonho para uma família: um apartamento na Avenida Atlântica, 1212/201, dividido em três salas, três quartos, lavabo, banheiro social, cozinha, área de serviço e dependências para serviçal. Avaliado na primeira praça em R$ 500 mil, o imóvel poderá ser adquirido a partir da nova cotação de R$ 250 mil.
Nesse mesmo leilão, Alexandro também colocará à venda quatro lojas do Barra Square Expansão, que está situado na Av. das Américas, 3.665. São as de números 103, 119, 120 e 202,  que tinham base de R$ 119 mil, R$ 102 mil (119 e 120) e R$ 78 mil. Para comprar, agora, basta começar a lançar da metade desses valores. Para saber mais, ligar para o escritório do leiloeiro: (21) 2292-0478.

Recordar é bom
A década de  70 registrou muitos e animados leilões na Zona Sul do Rio de Janeiro, entre os quais aqueles que eram organizados pela galeria B-75 Concorde, de Ipanema, sob a direção de Fernando de Andrade, que, diziam na época, tinha como sócio o colunista social Ibrahim Sued. No comando dos desfiles/venda, que eram realizados nos salões do hotel Caesar Park, o carismático Roberto Lasry caprichava nos adjetivos ao anunciar as obras de Castagneto, Pancetti, Guignard, Di Cavalcanti e outros artistas famosos e usava um tom mais persuasivo e estimulante ao nomear autores ainda pouco ou nada conhecidos dos  colecionadores.
Muitos subiram de cotação graças ao desempenho do segundo Lasry a atuar na leiloaria do Rio de Janeiro. Antes dele, Moisés Lasry, seu pai, já era um profissional de reconhecida capacidade e muitos méritos. Roberto Lasry teve um seguidor, Sérgio Lasry, seu filho, que poderia usar o ordinal terceiro, mas que optou pela advocacia.
Na foto, Betinho (como era tratado na intimidade), apregoando entre o diretor da B-75 (à direita, sentado) e o filho, Sérgio Lasry.

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Ledy Gonzalez

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