Janeiro teve alta em emplacamentos de veículos ante 2024

Segundo Fenabrave, setor registrou o melhor desempenho para o mês de janeiro desde 2015; já para Ffenauto, janeiro registrou venda de 1,2 milhão de veículos usados

70
Carros usados à venda (Foto: ABr/arquivo)
Carros usados à venda (Foto: ABr/arquivo)

Segundo informações da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em janeiro deste ano, foram emplacadas 341.435 unidades, o que representa alta de 5,9% na comparação com janeiro do ano passado e é o melhor desempenho para o mês desde 2015.

De acordo com o presidente da entidade, Arcelio Junior, o resultado aponta recuperação do mercado automotivo, sobre janeiro do ano passado, apesar da queda registrada em quase todos os segmentos, em relação a dezembro de 2024.

“O mês de janeiro é, historicamente, pior do que dezembro, pois é um período com características singulares e que influenciam o desempenho de emplacamentos, já que, nessa época, o orçamento das famílias é afetado por despesas como IPVA, matrículas e material escolar, além de ser uma época em que muitos consumidores saem em férias e acabam postergando a decisão de compra de veículos. Ainda assim, tivemos um resultado positivo frente a janeiro de 2024”, analisa.

Os segmentos de automóveis e comerciais leves tiveram evolução positiva sobre mesmo período de 2024. “A alta é bem próxima das projeções de crescimento da Fenabrave para os segmentos neste ano”, diz Arcelio Junior.

Espaço Publicitáriocnseg

Já os veículos híbridos somaram 12.802 unidades emplacadas, num crescimento de 67% sobre o mesmo mês do ano passado. “Esse desempenho reforça a tendência dessa tecnologia como alternativa para consumidores que buscam eficiência energética sem depender, exclusivamente, da infraestrutura de recarga elétrica”, avalia Arcelio Junior.

O segmento de automóveis e comerciais leves 100% elétricos registrou 3.700 unidades emplacadas em janeiro de 2025, o que representa uma queda superior a 15%, na comparação com janeiro de 2024. “Trata-se de um mercado em amadurecimento e que está se ajustando. Vamos acompanhar o desenvolvimento das marcas e do mercado consumidor, ao longo deste ano de 2025, em relação a essa tecnologia, para apurar tendências em nosso país”, explica Arcelio Junior.

Quando o assunto são caminhões, os pedidos efetivados após a Fenatran – Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas, realizado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a NTC & Logística -, realizada em novembro de 2024, e com a crescente demanda por transporte rodoviário de cargas, incentivada por setores estratégicos da economia como o agronegócio, que deve apresentar resultado positivo este ano, foram determinantes para o bom desempenho da categoria.

“Esse segmento depende das condições macroeconômicas, do ritmo da atividade industrial e do agronegócio. Por isso, vamos acompanhar os próximos meses para verificar as tendências”, pontua Arcelio Junior.

E quando aos ônibus, influenciado pelo Programa Caminho da Escola e pelo crescimento do transporte urbano e do turismo, o mercado de ônibus teve a maior alta do setor em relação a janeiro do ano passado.

“As empresas de transporte de passageiros têm mostrado boa recuperação nos últimos meses, o que reflete, diretamente, no crescimento das vendas de ônibus. Mas vale destacar que a elevada variação percentual no segmento se deve ao Programa Caminho da Escola, que ainda tem importante percentual dos 16 mil ônibus pendentes de pedidos, por parte das Prefeituras”, avalia Arcelio Junior.

E o segmento de motocicletas tem avançado em função do setor de serviços. “Além disso, também temos a crescente busca por mobilidade individual e esses dados devem, novamente, puxar os números do segmento para cima, em 2025”, diz Arcelio Junior.

Já a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) divulgou seu relatório sobre a venda de veículos usados no primeiro mês do ano. O setor registrou 1.225.962 unidades comercializadas, uma alta de 2,1% em comparação com janeiro de 2024, apesar de um recuo natural, para esta época do ano, de 16,9% em relação a dezembro de 2024.

Para a entidade, esse recuo já é esperado pelo comércio em todo começo de ano, por conta de muitos compromissos que o consumidor tem como pagamentos de IPVA, IPTU, férias e matrículas escolares, entre outros.

A federação ressaltou que o Nordeste apresentou vendas 15,7% superiores ao mesmo período de 2024, pela alta procura atividade pela região por conta das férias nesta época do ano. Em contrapartida, o Sudeste, origem de boa parte dos turistas que buscam destinos alternativos nas férias, o movimento de vendas recuou 4,6% em relação ao acumulado de 2024.

“Verificamos que a velocidade no aumento das vendas, em comparação com a constatada em 2024, e que trouxe um resultado excepcional para o setor, diminuiu neste começo de ano, o que é natural, já que o consumidor tem outros compromissos financeiros para atender como pagamento de IPVA, IPTU, matrículas dos filhos e tantos outros, fazendo com que ele se priorize esses pagamentos antes de qualquer outra compra. Mas, acreditamos que se as condições da economia se manterem estáveis, as vendas devem se elevar paulatinamente nos próximos meses”, afirmou o presidente da Fenauto, Enilson Sales.

Leia também:

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui