Na mesma casa de análise, entendimentos conflitantes. Qual o motivo?

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Às vezes fica difícil acompanhar o raciocínio dos analistas. Diversas vezes, quando é do interesse de sua instituição, a venda de uma posição acionária de grande acionista é comemorada com júbilo e alegria, pois significa aumento de liquidez no mercado. Em outras, a mesma situação é condenada. Vejam, esse é o caso da decisão do conselho da Petrobras, que autorizou a venda da parcela restante no capital da BR Distribuidora. Muitos gostaram e outros, não.

Os analistas do Credit Suisse apontam que o desinvestimento era esperado, mas o anúncio pode afetar o desempenho das ações devido à entrada de mais papéis no mercado. Reforçam, contudo, que a BR Distribuidora continua a ser a top pick do setor de distribuição. Para os do Bradesco BBI, uma boa janela para a oferta será o período pós resultados do terceiro trimestre, pois os resultados serão menos poluídos pelo Covid-19, o que pode ser positivo para o preço das ações. Além disso, a oferta será positiva em termos de governança, pois espera-se que haja redução da influência indireta de futuros governos na empresa.

 

Se cair, Ibovespa vai a 95,2 mil pontos

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A equipe de análise da Ágora Investimentos chama atenção para o fato da força vendedora ter aumentado sua força e está havendo o teste do importante suporte dos 100 mil pontos, A perda desse suporte, que é apenas psicológico, poderá levar o Ibovespa até o suporte real em 95.200 pontos. Paralelamente, caso isso não acontece, o indice precisa testar o topo mais recente, na faixa dos 105.500 pontos e caso ultrapassado, busca objetivos mais altos que projetariam em 108.500 pontos e 110.900 pontos,.

 

Acordo ambíguo derruba ações da Helbor

Os investidores não gostaram do anúncio do acordo operacional da Helbor com a HBR Realty, empresas que são controladas pelo mesmo investidor. Por causa disso, as ações da Helbor perderam mais de 4%, pois essa é uma incorporadora imobiliária, enquanto a outra atua no mercado de locação de imóveis comerciais, administrando 66 empreendimentos dos mais diversos, como lajes corporativas, shopping centers, galpões, hotéis e estacionamentos. O que irritou os investidores foi o fato da Helbor anunciar que o acordo envolverá seus ativos que totalizam R$ 132,1 milhões e não esclarecer como isso vai acontecer e se refere vagamente à realização de determinadas transações com a HBR, envolvendo ativos de titularidade da Helbor.

 

Buscopan fará Hypera subir 14%

O Buscopan e a Takeda vão colocar a Hypera na posição de maior companhia farmacêutica do Brasil, segundo os analistas do Credit Suisse. O remédio deve ser incorporado ao balanço da companhia em setembro, enquanto a aprovação da Takeda pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica provavelmente acontecerá até o fim do ano, com a incorporação da marca aos números da Hypera ocorrendo no primeiro trimestre de 2021. Por causa disso, os técnicos do banco suíço já incorporaram totalmente as aquisições de Buscopan e Takeda à tese de investimento da Hypera, mantendo a recomendação de compra do papel e revisando o preço-alvo de R$ 35 para R$ 40, o que significa alta de aproximadamente 14%. Os novos produtos que entrarão no mercado no segundo semestre de 2020 e a retomada de consultas e visitas médicas realizadas pelo seu time de vendas.

 

Fraco resultado da Yuds

Segundo o Morgan Stanley, o resultado ficou abaixo do esperado devido ao efeito da Covid-19 nas receitas e margens, que foi além das expectativas. Em relatório, o banco destacou que o ticket médio de R$ 477 caiu 13% na comparação anual devido a concessão de descontos. As receitas de R$ 991 milhões ficaram 8% abaixo das estimativas do banco devido a concessão de bolsas e descontos. Na ponta positiva, o destaque do balanço foi o melhor guidance de sinergias com a Adtalem, que foi ampliado para R$ 170 milhões a R$ 200 milhões até 2024. Na ocasião da compra, a previsão era de R$ 80 milhões. “A empresa já capturou R$ 27 milhões e espera extrair 70% a 80% das sinergias totais até 2021.” De acordo com o Morgan Stanley, a empresa tem exposição a três temas importantes em 2020: ensino a distância, medicina e fusões e aquisições. Já o Credit Suisse avaliou que a queda de 2,2% nos alunos presenciais foi relativamente pequena em relação à crise da Covid-19. Ao mesmo tempo, o número de alunos à distância avançou 51% na comparação anual, em linha com os objetivos da empresa.

 

Bitcoin, moeda para transações pouco ortodoxas

Em meados de julho, JEgor Igorevich Kriuchkov viajou para os Estados Unidos e ofereceu US$ 1 milhão em bitcoin para que um funcionário implantasse um malware no computador de uma empresa do estado de Nevada. Porém, o funcionário preferiu denunciá-lo ao FBI, que passou a acompanhá-lo por três semanas antes de prendê-lo em Los Angeles e o acusasse de conspiração para prejudicar sistema compuutacional protegido.Assim, a suposta gangue da qual ele faz parte venderia os dados no mercado ilegal a menos que a empresa pagasse uma grande quantia em troca.

O plano russo consistia no seguinte: depois de instalado o malware permitira a cópia de todas as informações sobre a empresa e a suposta gangue da qual ele fazia parte venderia os dados no mercado ilegal a menos que a companhia pagasse uma grande quantia para recuperá-los. O plano de Kriuchkov não deu certo e, quando for condenado, será sentenciado a cinco anos de prisão e pagará uma multa de US$ 250 mil.

 

As novas lavanderias?

Na delação premiada, Dario Messer entregou o novo filão: os crimes cometidos com criptomoedas. Os novos lavadores de dinheiro são jovens, com amplo domínio de computadores e, muitas vezes, residentes fora do Brasil.

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