Não é a Ucrânia, é o dólar

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Bandeira com dólar
Bandeira com dólar (ilustração Gerd Altmann, Pixabay)

A feroz reação dos Estados Unidos, empurrando também a Europa, contra as recentes declarações de Lula no exterior não foram provocadas pelas certeiras críticas a quem está por trás do conflito na Ucrânia, mas sim pela defesa de alternativas ao dólar e ao putrefato sistema financeiro ocidental. O fortalecimento do NDB, o banco dos Brics, com Dilma Rousseff à frente, como opção para financiar o desenvolvimento, e não para incentivar a especulação, é um dos assuntos que desagradaram Washington.

Para Radhika Desai, professora do Departamento de Estudos Políticos da Universidade de Manitoba do Canadá, uma das maiores vantagens de substituir a dolarização é que os produtos feitos por países não ocidentais atingirão o valor que merecem. As moedas dos países não ocidentais são artificialmente desvalorizadas, por isso produtos russos, indianos e até chineses não recebem o valor que merecem, apontou a professora.

Uma nova ordem econômica mundial vem sendo formada na periferia, especialmente na Ásia, com o objetivo maior de aumentar o bem-estar social público. A China cresceu 3 vezes mais rápido do que a economia dos Estados Unidos por mais de 30 anos. O PIB (em paridade de poder de compra, PPC) somado dos países que compõem o Brics (além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) superou o das nações que integram o G7, o grupo dos países ricos ligados aos EUA.

 

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Demonização dos criptoativos

A dificuldade em rastrear criptomoedas e a relação entre lavagem de dinheiro e criptoativos foi discutida no II Seminário de Direito Penal Econômico, realizado pelo Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e pela Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) na última sexta-feira (14).

“As tentativas de apreensões de criptoativos têm aumentado, mas sem a posse desse dinheiro fica mais difícil a punição do crime de lavagem. Sem ela fica muito difícil atacar a organização criminosa”, explicou a presidente da Comissão de Crimes Digitais da OAB/RJ, Maíra Fernandes.

Maíra Fernandes explicou que a demonização do criptoativo ignora o fato de que outros itens de valor, como ouro ou pedras preciosas, também podem ser usados para negociações ilegais e são difíceis de rastrear. “Esses meios de lavagem sempre existiram, somente se sofisticaram”, disse ela.

 

Rápidas

Nesta quarta-feira, às 19h30, acontece o painel “Desafios do Combate à Inflação: uma Comparação Transatlântica”, realizado pelo IAG – Escola de Negócios da PUC-Rio e pela Universidade Católica do Porto. Link de transmissão aqui *** A bailarina e coreógrafa do RS Cadica Costa realizará oficina, no próximo dia 23, para apresentar uma nova técnica de dança terapêutica: transfordance. Local: Escola Cadica Danças e Ritmos, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre *** “Empreendedorismo Cooperativo” será o tema de palestra do superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Rio (Sescoop/RJ), Abdul Nasser, que vai inaugurar, nesta quinta, o programa de extensão universitária com o mesmo nome desenvolvido pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Será às 19h15, no auditório do bloco F da Faculdade de Economia, Campus do Gragoatá, Niterói.

2 COMENTÁRIOS

  1. Editorial totalmente vendido…vocês querem fazer jornalismo ? Façam, mas façam com um mínimo de imparcialidade, pois tais declarações são no mínimo parciais e vendidas a interesses dúbios, que até o governo brasileiro, ja está voltando atrás nas declarações desastrosas de Lula. Não dá pra confiar num jornalismo como este de vocês.

  2. É sério é reportagem?
    É sério o Banco do BRICs tendo Dilma Rouseff a frente?

    Ei fico me perguntando como um reporte formado é capaz de tal ato,achar no direito de usar a mídia pra opinar em favor de uma militância, em detrimento a nossa capacidade intelectual de observar e concluir os fatos por aí só.

    Lamentável e no mínimo sem credibilidade da sua parte.

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