Nascimento de empresas registrou alta de 15% em outubro

Serviços apresentou o maior número de aberturas; houve aumento também na quantidade de empresas em recuperação judicial no quarto trimestre

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Sob nova direção (foto de J.C.Cardoso)
Sob nova direção (foto de J.C.Cardoso)

Em outubro de 2023, 338.576 empresas foram criadas no Brasil – um aumento de 15% na comparação com o mesmo mês do ano anterior segundo o Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian. Em relação a natureza jurídica, os microempreendedores individuais (MEIs) apresentaram o maior salto em relação ao mesmo período de 2022 (78,5%), seguidos por sociedades limitadas (19,3%), empresas individuais (2,7%) e demais (2,2%).

Em relação ao segmento de atuação, o setor de serviços registrou o maior número de aberturas, com 241.756 novos negócios.

Ainda segundo o levantamento, em outubro, o Estado de São Paulo concentrou 101.609 das novas empresas. Em segundo lugar, ficou Minas Gerais (35.388) e, em terceiro, o Rio de Janeiro (27.989). Logo em seguida, os estados do Sul do país apareceram no ranking – o Paraná liderando com 24.368 empreendimentos. Nas últimas posições, ficaram Roraima (646), Amapá (598) e Acre (551).

Já de acordo com o Monitor RGF de Recuperação Judicial no Brasil, a proporção de empresas em Recuperação Judicial em relação ao total de organizações aumentou no quarto trimestre de 2023. O mesmo levantamento também apontou que, nesse período, o número de empresas em recuperação judicial a cada 1.000 saiu de 1,79 no terceiro trimestre para 1,85 no trimestre seguinte.

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O levantamento mostrou, ainda, que o número absoluto de empresas em recuperação judicial no país aumentou em 173 (considerando entradas e saídas), pulando de 3.872 para 4.045 (4,5%). Já a base total de empresas cadastradas aumentou em aproximadamente 25 mil, saindo de 2,16 milhões para 2,19 milhões. Os dados se referem a matrizes de empresas ativas de pequeno, médio e grande portes.

O estudo levanta dados trimestrais e possibilita a apresentação do Índice de Recuperação Judicial (IRJ-RGF), que indica a quantidade de companhias nessa situação a cada 1.000 empresas, com visões por região, estado e setor. Para chegar a esses dados, o Monitor RGF avaliou mais de 2,19 milhões de empresas, que são as matrizes de empresas ativas de pequeno, médio e grande portes.

Das empresas que saíram do processo de recuperação judicial ao longo do quarto trimestre de 2023, 60% retornaram a operar sem a supervisão judicial, enquanto 31% tiveram seu registro baixado/encerrado ou foram classificadas como inaptas ou suspensas por possuírem pendências, situação que pode ser revertida com a resolução das irregularidades. Ainda de acordo com o IRJ-RGF, 9% das empresas faliram no período.

Já em relação à entrada em recuperação judicial no país ao longo do quarto trimestre, o número quase dobrou, saindo de 131 no terceiro trimestre para 357 no período analisado. Se somarmos as entradas por estado, este número passa para 369 considerando que 12 empresas que já estavam em recuperação judicial alteraram o endereço de cadastro da matriz na Receita Federal, aumentando o número absoluto de empresas em recuperação em alguns estados e diminuindo em outros.

A piora no cenário se repete nas análises regionais do IRJ-RGF, que contabiliza a proporção de empresas em Recuperação Judicial em relação ao total de organizações da região. O aumento aconteceu em todas as regiões do país, com exceção do Centro-Oeste, onde o índice caiu de 3,04 para 2,88 (empresas em recuperação judicial a cada 1.000 ativas na região). Mesmo assim esta região continua tendo o índice regional mais alto do país.

O Estado de São Paulo sofreu o maior aumento do número de empresas em recuperação judicial, saindo de 1.186 no terceiro trimestre para 1.242 no último período – um crescimento do número absoluto de 56 -, seguido pelos estados do Rio Grande do Sul, que aumentou o total em 37 (saindo de 288 para 325), e Santa Catarina, que aumentou em 28 (saindo de 236 para 264).

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