Natal: 95% diminuíram gastos e 77% cortaram número de convidados

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Enfeite para Natal
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Pesquisa da Toluna constatou que 63% dos entrevistados irão mudar a forma como comemoram o Natal. Já 28% dos respondentes não mudarão a forma das festividades e 8% não sabem. Por conta da pandemia, a recomendação dos órgãos de saúde é que as festas de Natal não tenham aglomerações e mantenham protocolos de segurança. A situação alterou os planos de muita gente: 49% responderam que não irão viajar por conta da pandemia, 40% não viajariam mesmo sem pandemia e 11% não cancelaram seus planos de viagem.

Os entrevistados foram questionados se diminuirão a quantidade de convidados para as festividades: 77% afirmaram que diminuirão a quantidade de convidados em relação aos anos anteriores, 21% manterão o mesmo número de pessoas e 1% disseram que aumentarão a quantidade de pessoas nas festividades.

Entre os entrevistados, 68% passarão o Natal em casa com a família que moram junto, 18% visitarão familiares em suas casas, 10% terão comemorações por conferência de vídeo e 2% se reunirão com amigos.

Nas festas de Natal, os brasileiros preparam a tradicional ceia para a família. A pesquisa questionou sobre como será a refeição dos entrevistados: 74% farão algo especial para o jantar, 15% terão uma refeição comum, 5% encomendarão a refeição do restaurante e 2% pedirão comida via aplicativos.

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Os presentes são a alegria do Natal e os entrevistados foram questionados sobre para quem comprarão presentes esse ano: 51% presentearão os filhos, 50% darão presente ao parceiro, 49% para os pais, 25% aos irmãos e 20% aos sobrinhos. Já 10% não darão nada por conta da pandemia e 6% não têm o hábito de presentear.

O hábito de ir às compras para o Natal teve alterações por conta da pandemia. Por isso, 52% dos entrevistados comprarão os presentes através do comércio eletrônico, 38% comprarão no shopping, 28% comprarão para retirar em lojas físicas, 16% comprarão em lojas físicas que entregam em casa e 12% comprarão em pequenos comércios.

Os entrevistados foram questionados sobre a antecedência que fizeram as compras de Natal. 35% compraram na primeira quinzena de dezembro, 30% compraram antes de dezembro, 12% fizeram as compras no último final de semana antes do Natal, 3% comprarão na véspera e 1% comprarão só depois do Natal.

A pesquisa também investigou quais serão os presentes mais comprados neste Natal. 73% dos participantes darão roupas e acessórios, 45% perfumes e cosméticos, 39% brinquedos e jogos, 36% calçados, 19% livros, discos e filmes, 15% equipamentos eletrônicos e 12% presentearão com um celular.

A crise econômica que chegou junto com a pandemia de Covid-19 também pode ser observada nas despesas com presente: 43% afirmaram que gastarão menos no presente, 33% o mesmo que no ano passado e 20% gastarão mais.

Entre os entrevistados que gastarão menos no presente esse ano, 95% afirmaram que diminuirão o valor gasto por conta da pandemia.

A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 18 de dezembro, nas cinco regiões do país, com 839 pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep), onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 4.500 por mês. Estudo feito com pessoas acima de 18 anos, de todas as regiões brasileiras, com 3 pontos percentuais de margem de erro e 95% de margem de confiança.

Em São Paulo, o Índice Ifecap para o mês de dezembro, registrou queda de 8,22%, quando comparado com novembro de 2020, registrando 114,76 pontos, na série sem ajuste sazonal. Apesar disso, as vendas (+1,18%) e situação geral dos negócios (+2,59%), conseguiram superar os valores registrados em dezembro de 2019.

Em relação ao mesmo período de 2019, o Índice Geral caiu 11,18%, e o Índice Momento Atual apresentou queda de 6,98%. A queda foi influenciada pelas vendas (-5,20%), encomendas (-10,51%) e situação geral dos negócios (-5,61%); sendo todas as variações comparadas em relação ao mês de novembro de 2020.

Haja vista que a pesquisa do Ifecap ocorreu entre os dias 09 e 18 de dezembro, com entrevistas por telefone, ainda restavam 06 dias para o Natal. Diante disso, os resultados das vendas, em dezembro, ainda podem sofrer volatilidades com as compras de “última hora” – reduzindo assim, a queda de 5,20% registrada na pesquisa.

Essa retração pode ser justificada por alguns fatores: antecipação das compras de fim de ano durante a Black Friday; retorno à fase amarela do Plano São Paulo, aumento do número de casos e mortes; fim do auxílio emergencial pago pelo Governo Federal; menor 13° salário para trabalhadores que tiveram seu salário reduzido; e aumento da inflação e desemprego.

Os resultados do Índice Futuro, que registra as expectativas para os próximos três meses, apresentou uma expressiva queda, na comparação com o novembro (-9,80%), registrando 123,72 pontos. Quando comparado com novembro de 2019, o valor se encontra 19,96% abaixo. Os resultados do Índice Futuro se devem, principalmente, às expectativas de encomendas para os próximos três meses, com queda de 10,49% (120,38 pontos), quando comparamos com o mês anterior.

As expectativas de vendas futuras tiveram uma retração de 9,13%, alçando 127,05 pontos – esse resultado também foi influenciado pelos fatores relacionados ao aumento de casos e mortes por Covid e a incerteza do plano de flexibilização das atividades econômicas e do plano de imunização, sendo este alvo de conflitos políticos e sem perspectivas para atingir a maior parte da população. Por fim, uma mutação do vírus e a situação econômica do país também inibem o otimismo para o próximo ano.

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