O que eles pensam sobre a Economia Política: Leonel de Moura Brizola e Antonio Delfin Netto
Estas duas opiniões somam-se às já apresentadas, formando um quadro sinótico de percepções sobre o alcance da Economia Política.
Leonel de Moura Brizola: (engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, nascido em 22/1/1922; em Cruzinha/RS; eleito governador do RS e mais tarde governador do estado do Rio de Janeiro, único brasileiro eleito para governar duas Unidades da Federação; faleceu em 21/6/2004, no Rio de Janeiro/RJ).
Antônio Delfim Netto: Nascido em 1º de maio de 1928 (94 anos) em São Paulo/SP; economista e professor universitário ditou a política econômica dos Anos de chumbo.
Vejamos como cada um deles se referiu à eficácia da economia aplicada (Economia Política) na solução dos problemas básicos da sociedade.
Leonel Brizola
“O Brasil é uma nação, e sua economia é uma economia pública; só tem razão de ser se tratar o bem-estar do ser humano. Não adianta economia que se preocupa com défict público, economia equilibrada, moeda estável. Se a maioria do povo está morrendo de fome, pra que serve isso?”
Antônio Delfim Netto
“Nunca a corporação dos economistas esteve tão convicta de que é portadora de uma ciência capaz de ensinar aos governos, aos empresários e aos trabalhadores como devem se comportar para obter, respectivamente, a boa ‘governança estatal’, empresarial e o máximo bem-estar da sociedade (…).
“O fato interessante é que, com seu poderoso ‘axioma’ cada um procura maximizar suas vantagens e minimizar os seus custos. A Economia abandonou a Política, tornou-se apenas Economia, ou, na forma mais pomposa, Teoria Econômica (…).
“Tornou-se uma ciência imperialista e foi invadindo as outras ciências sociais. Criou, já no início do século 19, uma psicologia sem conteúdo empírico. Invadiu a Sociologia, a História, a Geografia, a Antropologia e a Arqueologia(…).”
Para ser uma ciência, entretanto, ela precisa de menos axiomas e mais trabalhos empíricos.
Finalmente, o pacote ambiental de Joe Biden
O presidente Joe Biden denominou a quarta-feira, 28 de setembro, de Dia do Clima. Foi quando ele anunciou a instituição de uma Cúpula de Líderes Climáticos em 22 de abril, Dia da Terra, e quinto aniversário da assinatura do Acordo de Paris.
O presidente dos EUA anunciou um novo pacote de medidas socioambientais, contendo o fim de novas perfurações petróleo e gás em terras do governo e também o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis. Trata-se da inversão da política ambiental vigente no anterior governo Trump.
Daí o conceito Net Zero, dos compromissos assumidos para reduzir as emissões de gases causadores do aquecimento global. Se o projeto é construir uma casa, significa que o balanço energético equivale a zero (toda energia consumida na casa é gerada nela). Com isso, deu-se a mãe das deseconomias provocada por uma externalidade negativa.
O anúncio do pacote ambiental veio acompanhado de significativo apelo: “Não podemos esperar mais! É hora de agir.” A política ambiental anunciada torna-se assim o polo determinante da política de segurança do governo Joe Biden.
Será também instituído um conselho formado pelas agências de justiça ambiental, para mitigar as desigualdades raciais e econômicas exacerbadas pelas mudanças climáticas e poluição do ar e da água.
Chuck Schumer, líder da maioria democrata no Senado, classificou o conjunto de atos como uma declaração de “emergência nacional” sobre as mudanças climáticas.
Mais uma vez, Biden assegurou que não irá banir a técnica de fracking (técnica que consiste em injetar água pressurizada para fraturar o subsolo e liberar gás e petróleo). “Não vamos proibir o fracking. Protegeremos e aumentaremos empregos, inclusive por meio de padrões mais rígidos, por meio de controles de vazamentos de metano e trabalhadores sindicais dispostos a instalar as mudanças”, disse.
Será também instituído um conselho formado pelas agências de justiça ambiental, para mitigar as desigualdades raciais e econômicas exacerbadas pelas mudanças climáticas e poluição do ar e da água.
Acrescentou que “é um futuro de enormes esperanças e oportunidades. Trata-se de chegar ao momento de fazer face a esta ameaça máxima que temos agora perante nós, as mudanças climáticas, com urgência.”
Além disso, o governo também se compromete a proteger 30% das terras e águas federais para 2030, com o objetivo de interromper a perda da biodiversidade, segundo informa a agência France Presse.
Joe Biden comprometeu-se em campanha a deixar de usar combustíveis fósseis e atingir à neutralidade do carbono no setor energético em 2035 e em toda a economia, em 2050.
Quase um quarto das emissões de dióxido de carbono americanas vêm da geração de energia em terras governamentais, segundo um relatório do governo, de 2018. A extração de combustíveis gerou US$ 11,7 bilhões de receita em 2019.
Sobre a participação dos EUA no fundo de apoio financeiro às economias de menor renda, ele nada disse em palavras. Só mesmo com o silêncio…















