Nível de reservatórios está compatível com o esperado para período seco

Segundo o ONS, cenário está abaixo da média em todo país; em Brasília, governo cria grupo para elaborar plano de ação contra cortina de fumaça

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Reservatório vazio (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Reservatório vazio (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) da última semana de agosto, que compreende os dias 24 a 30, indica que as projeções para a Energia Armazenada (EAR) seguem na casa dos 50% para os reservatórios de todos os subsistemas. Os percentuais mais expressivos devem ser verificados nas regiões Norte e Sul, com 80,2% e 66,8%, respectivamente. Já o Nordeste deve encerrar o mês em 56,2% e o Sudeste/Centro-Oeste em 55,4%. Os níveis dos reservatórios estão dentro do esperado para o período tipicamente seco e devemos observar um comportamento de redução desses patamares nos próximos meses.

Os cenários prospectivos para a demanda de carga são de crescimento no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em todos os subsistemas. A expansão do SIN é estimada em 4,3% (76.173 MWmed). Entre os submercados, o maior avanço é esperado no Nordeste, com 9,0% (12.893 Mwmed), seguido pelo Norte, com 7,2% (8.051 MWmed). O Sul e o Sudeste/Centro-Oeste devem apresentar aceleração de 6,5% (13.084 MWmed) e de 1,7% (42.145 MWmed), respectivamente. A comparação é realizada entre os números verificados no mesmo período de 2023 e o estimado para agosto de 2024.

As estimativas de Energia Natural Afluente (ENA) seguem abaixo da Média de Longo Termo (MLT) em todos os subsistemas para o mês em curso. O maior percentual deve ser verificado no Sul, com 62% da MLT, com um recuo de 11 pontos percentuais em relação à última revisão (73%). Para os demais, os patamares indicados são de 58% da MLT (Sudeste/Centro-Oeste), 50% da MLT (Norte) e 43% da MLT (Nordeste).

A afluência abaixo da média vem sendo um ponto de atenção desde dezembro de 2023. O Operador tem proposto medidas operativas como o controle de defluências das usinas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, anunciado em março passado, e o recente anúncio de iniciativas excepcionais visando o atendimento da demanda de ponta de carga nos meses de outubro e novembro de 2024. O Sistema Interligado Nacional (SIN) dispõe de recursos suficientes para atender as demandas de carga e potência da sociedade e as inciativas elencadas pelo ONS são medidas adicionais para garantir o fornecimento da sociedade.

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O Custo Marginal de Operação (CMO) está equalizado em R$ 94,25 em todas as regiões, com uma redução de 4,01% em relação à última projeção.

No Distrito Federal, apesar de uma pequena melhora nas medições, a classificação da qualidade do ar segue ruim. A previsão do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) é que a cortina de fumaça permaneça na região ao longo desta terça-feira e que a situação se normalize somente amanhã ou na quinta-feira.

O governador Ibaneis Rocha reuniu-se com autoridades para definir um grupo de trabalho responsável por elaborar plano de ações para lidar com eventos críticos de qualidade do ar. O decreto que institui a comissão foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal na segunda-feira.

Composto por 17 órgãos do governo do Distrito Federal sob a coordenação do Ibram, o grupo tem prazo de 90 dias para a elaboração de ações. Nas redes sociais, Ibaneis destacou que a proposta da comissão é se antecipar a outros episódios críticos de poluição do ar na capital federal.

“Neste período de seca, temos que lidar constantemente com queimadas e fumaça, mas esta foi a primeira vez que os índices da qualidade do ar atingiram níveis ruim e péssimo. Com essa comissão regulamentada, além de enfrentar a situação atual, já deixaremos a cidade preparada, caso aconteça novamente uma situação semelhante”, postou em seu perfil no X.

Em abril, Ibaneis já havia decretado estado de emergência ambiental no DF para o período de junho a novembro. “Estamos em um período de seca e calor no DF, o que aumenta o risco de incêndios. Nossa equipe está preparada para agir rapidamente, mas a colaboração da população é essencial”, escreveu.

“Evite fogueiras em locais não permitidos e descarte materiais inflamáveis corretamente. Se avistar qualquer sinal de incêndio, denuncie imediatamente: ligue 193 para acionar o Corpo de Bombeiros ou envie uma mensagem para o WhatsApp exclusivo do Instituto Brasília Ambiental no (61) 99224-7202, destinado a receber denúncias de incêndios em unidades de conservação.”

Com informações da Agência Brasil

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