O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas recuou 0,8 ponto em outubro, alcançando 92,9 pontos. A queda representa uma acomodação do indicador após sete altas consecutivas, entre março e setembro, que sinaliza atenuação do ritmo de queda do pessoal ocupado na economia brasileira.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,6 ponto em outubro, para 99,2 pontos. A segunda alta consecutiva do indicador o mantém próximo ao máximo histórico, mostrando que o nível de desemprego continua elevado e não mostra evidências de reversão da tendência de alta até agora.
– Os índices de mercado de trabalho mostram que o otimismo com relação ao futuro ainda não se reflete em melhora no mercado de trabalho. O índice coincidente da taxa de desemprego (ICD) permanece estacionado em níveis elevados, sinalizando que a situação atual do mercado de trabalho continua bastante difícil. A novidade ocorreu no índice antecedente do emprego (IAEmp) e não foi positiva. O índice teve leve queda puxada por uma piora na margem na situação atual dos negócios e uma piora na expectativa de contratação futura. A leitura conjunta dos índices parece indicar uma recuperação mais complicada do que a esperada nos próximos meses. O mercado continua ruim e deve demorar a mostrar sinais mais consistentes de melhora – afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista da FGV/Ibre.
Os componentes que mais contribuíram para a queda do IAEmp em outubro foram os indicadores que medem o grau de satisfação com a situação atual dos negócios e o ímpeto de contratações nos próximos três meses, ambos da Sondagem da Indústria de Transformação,com variações de -4,9 e -2,9 pontos, respectivamente.
Em relação ao ICD, as classes de renda familiar que mais contribuíram para a alta do indicador foram as dos consumidores com rendimentos familiares mensais de até R$ 2.100 e aqueles entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800, cujo indicador de percepção de facilidade de se conseguir emprego (invertido) variou 1,5 e 1,0 ponto, respectivamente.
A próxima divulgação dos Indicadores de Mercado de Trabalho ocorrerá no dia 5 de dezembro.
Temporada deve estimular contratação de 11 mil temporários em Santa Catarina
A temporada de verão deve manter os mesmos números de temporários contratados em Santa Catarina registrado no período anterior. Serão em torno de 11 mil postos no comércio e serviços durante os meses de dezembro deste ano a março de 2017, segundo previsão da Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL-SC).
A oferta de emprego temporário, principalmente no mercado varejista, tende a aumentar no segundo semestre de cada ano, quando a expectativa dos lojistas e empreendedores cresce e o desejo de compra aumenta com as festas de fim de ano, como Natal e Réveillon. Também contribuem os pagamentos extras, como o 13º salário e bonificações. Além disso, a previsão de incremento em 15% no número de visitantes, de acordo com a Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, significa 9 milhões de pessoas a mais circulando e consumindo em Santa Catarina.
Para atender a todo este contingente, o empresário Ivan Tauffer, presidente da FCDL-SC, aponta a expectativa de que haja entre 10 e 11 mil temporários no estado.
– Todo o setor de comércio e serviços ampliará as vagas em diversas áreas, seja no atendimento, no estoque ou nos caixas, para poder acolher e servir quem nos visita. Queremos que os consumidores levem uma ótima experiência e para isso a qualificação é fundamental – lembra.
No período entre dezembro de 2015 e fevereiro deste ano, o número de voos extras nacionais do Aeroporto Hercílio Luz foi ampliado em 45,8% em relação à temporada anterior. No Terminal Rita Maria, em Florianópolis, chegaram 13.531 ônibus, sendo 3.384 no Carnaval, e foram 450 ônibus extras, conforme o Deter. Na fronteira, em Dionísio Cerqueira, a Polícia Federal confirmou a entrada de 80.764 pessoas entre 1º de janeiro e 10 de fevereiro, crescimento de 62% em relação ao mesmo período de 2015.