Embora o aumento de preços induzido pela pandemia tenha diminuído substancialmente, os norte-americanos continuam preocupados com o aumento cumulativo nos custos que enfrentaram desde o início da crise, especialmente para itens essenciais como alimentos e gás, informou o jornal USA Today nesta segunda-feira.
“E novos dados revelam que os compradores se tornaram mais sensíveis aos preços recentemente, mesmo com a inflação diminuindo, pelo menos em parte porque suas economias da era Covid diminuíram”, observou a reportagem.
“O simples fato de que (os preços) não estão mais subindo não está apaziguando os consumidores”, especialmente as pessoas de baixa e média renda que sentiram o peso do aumento dos custos, disse Scott Hoyt, economista da Moody’s Analytics. “Eles querem vê-los cair, mas isso não está acontecendo.”
As opiniões das pessoas sobre a inflação são importantes porque podem afetar seus gastos, que representam 70% da atividade econômica e desaceleraram, mas permaneceram firmes até agora, disse a matéria.
A inflação anual caiu de uma alta de 40 anos, 9,1% em meados de 2022, para 3% em junho, de acordo com o índice de preços ao consumidor do Departamento do Trabalho. O relatório do IPC de julho, que deve ser divulgado nesta quarta-feira, deve mostrar que a inflação geral se manteve estável em 3%, mas uma medida básica que exclui itens voláteis de alimentos e energia caiu de 3,3% para 3,2%, de acordo com a reportagem.
“Embora os consumidores permaneçam relativamente positivos sobre o mercado de trabalho, eles ainda parecem estar preocupados com os preços e taxas de juros elevados”, disse Dana Peterson, economista-chefe do Conference Board, sobre a pesquisa de julho do grupo. “Os norte-americanos têm mais poder de compra. Mas eles não estão necessariamente sentindo isso”, observou o USA Today. O que preocupa os consumidores é a mudança nos preços nos últimos anos, de acordo com Hoyt.
Agência Xinhua