O Departamento do Trabalho dos EUA informou nesta quinta-feira que a inflação ao consumidor do país em setembro subiu 8,2% em relação ao ano anterior, com o núcleo da inflação subindo para a maior alta de quatro décadas, cimentando outro grande aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central).
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 0,4% em setembro em uma base ajustada sazonalmente, depois de subir 0,1%, de acordo com o Departamento.
“O Índice de Preços ao Consumidor mais uma vez ficou acima das expectativas do consenso, demonstrando que a inflação continua tendo um impulso formidável”, escreveram Sarah House e Michael Pugliese, economistas da Wells Fargo Securities, em uma análise.
Eles observaram que, excluindo os preços de alimentos e energia, o núcleo da inflação subiu 0,6%, liderado por uma recuperação nos serviços. O núcleo do CPI saltou 6,6% nos últimos 12 meses, o maior aumento desde agosto de 1982, superando os 6,3% no período encerrado em agosto, indicando que as pressões inflacionárias continuam.
“O relatório do CPI de hoje deve travar o Fomc a mais uma alta superdimensionada de 0,75 ponto percentual na reunião de 2 de novembro”, disseram House e Pugliese, referindo-se ao Comitê Federal de Mercado Aberto, o órgão de formulação de políticas do Fed.
O CPI de junho, de 9,1%, marcou o maior aumento em 12 meses desde o período encerrado em novembro de 1981. Em julho e agosto, o índice cheio subiu 8,5% e 8,3%, respectivamente.
Agência Xinhua
Leia também: