Número de famílias que pretendem obter crédito vai a maior patamar desde 2019

Peic de novembro aponta que, desse grupo, em São Paulo, a maioria deve usar recursos para as compras de Natal

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Varejo na Rua 25 de março (Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas)
Varejo na Rua 25 de março (Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas)

Em novembro, dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), indicam perspectivas positivas para o Natal na capital paulista. O número de lares endivididados aumentou de 67,8%, em outubro, para 68,4%, em novembro, o que, na visão da entidade, é resultado de um cenário econômico favorável, com emprego aquecido e controle da inflação. Com isso, há maior acesso ao crédito. Tanto que 21,2% dos entrevistados planejam contrair algum crédito ou financiamento nos próximos três meses, maior porcentual desde 2019. É um sinal importante para a data comemorativa, uma vez que, desse grupo, 91,3% devem utilizar os recursos para compras.

Na análise da Fecomércio-SP, a pesquisa revelou outros dados importantes que reforçam essa expectativa positiva, como o da inadimplência – que, em novembro, manteve-se estável em 19,5%. Em 2023, no mesmo período, 23,5% das famílias tinham alguma dívida em atraso. Em números absolutos, houve uma redução de 155 mil de lares inadimplentes na capital.

Outro termômetro que explica o cenário otimista é a parcela da renda comprometida com a dívida, que chegou a 29,3%, apontando que as famílias estão conseguindo manter um poder de compra relevante por meio de seus empregos e, ao mesmo tempo, contraindo crédito numa proporção adequada ao orçamento.

Além disso, a pesquisa revelou queda no atraso médio das contas: de 67,3 dias, em outubro, para 65,8 dias, em novembro. Um ano antes, a média estava em 68,6 dias. Isso significa que há menos lares com contas em atraso – e, mesmo entre as inadimplentes, o perfil está melhorando, com condições mais fáceis para resolver a situação.

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Para a federação, a inflação controlada, o mercado de trabalho aquecido com ganhos reais de salário e o acesso mais fácil ao crédito têm sido uma combinação favorável para a população, sobretudo a de renda mais baixa, que consegue obter crédito com menor risco de inadimplência, contribuindo para o cenário econômico local.

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