Número de matrículas em escolas particulares volta a crescer

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Estudantes jovens (Foto: Rovena Rosa/ABr)
Estudantes jovens (Foto: Rovena Rosa/ABr)

Estudo do Instituto Escolas Exponenciais mostra que a situação financeira das famílias tem impactado menos as instituições de ensino particulares brasileiras. Em 2021, 56% delas relataram ter perdido alunos ao longo do ano por problemas financeiros dos pais. Em 2022, esse número caiu para 41%. Além disso, 64% das escolas responderam ter ganho alunos neste ano. Em 2021, apenas 31% tinham aumentado o número de matrículas.

A pesquisa identificou ainda que as escolas estão otimistas com o ganho de novos alunos e já programam novos investimentos: 82% das unidades disseram que pretendem investir em melhorias até o fim do ano. Ainda assim, a taxa média de ocupação das salas de aula é de 66% da capacidade instalada nas escolas particulares. Esse número aponta que o setor privado, sem realizar novos investimentos, pode receber cerca de 3,7 milhões de alunos, além dos atuais.

Os dados também mostram que 19% das unidades pesquisadas estão com dificuldade em manter os salários dos funcionários em dia – no ano passado, eram 22%. A taxa média de inadimplência se manteve estável nos últimos dois anos, em 10%.

Em 2021, o levantamento nacional do Instituto Escolas Exponenciais contou com mais de 500 escolas particulares, de 25 estados. Já este ano, foram 764 escolas, um aumento de 53% em relação ao ano anterior, em 276 cidades, nos mesmos 25 estados e 150 mil respondentes.

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Oito a cada 10 pais não pensam em trocar os filhos de escola no próximo ano, conforme mostrou a pesquisa. Entre os motivos mais apontados para a satisfação com o colégio estão o cuidado da equipe com os filhos e a qualidade na formação acadêmica dos alunos. Os dados mostram que, na média, a fidelização dos pais continua semelhante ao ano de 2021, quando 81% deles não tinham a intenção de trocar os filhos de escola – a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Entre os 21% que pensam em trocar de escola, 10% disseram estar decididos com a mudança. Entre os motivos mais apontados para essa decisão, está a pouca abertura para o relacionamento com aqueles que atuam com seus filhos (16%), localização distante de onde moram (16%) e pouca divulgação das atividades pedagógicas desenvolvidas (15%).

Entre os que ainda cogitam a mudança, 33% afirmaram que a troca ocorre por questões financeiras. Dentro desse grupo, 45% diz que vai procurar escolas com mensalidades mais baratas e 36% diz que ainda vai tentar negociar descontos com a unidade atual.

De acordo com a pesquisa, o índice de satisfação (NPS) dos pais com as escolas caiu em relação ao ano passado, chegando a 71 pontos contra 74 de 2021, porém, ainda é superior ao período pré-pandemia (64 pontos em 2018). Isso pode significar que os pais estão saindo das escolas também por problemas pedagógicos.

A Educação 4.0 já integra o Plano Nacional do Ministério da Educação e já se fala hoje em Educação 5.0, mas, mesmo assim, o uso de tecnologia continua sendo um desafio nas escolas, principalmente públicas. Pesquisa da Fundação Lehman realizada este ano mostra que a internet torna a escola mais atraente para os alunos na opinião de 91% dos pais. O estudo aponta ainda que 63% dos estudantes têm acesso à banda larga e que no Sul, Sudeste e Centro-Oeste sete em cada 10 escolas têm rede wi-fi, ante cinco em 10 no Norte e Nordeste.

A pesquisa Panorama Mobile Time-Opinion Box, de outubro de 2021, mostra que 49% dos estudantes de até 12 anos de idade possuem o próprio smartphone em famílias nas quais os pais também têm o aparelho, sendo que esse número aumenta para 59% na faixa entre 7 e 9 anos. Nessas famílias, 58% dos pais afirmam que a educação está entre os principais motivos do uso do equipamento pelos filhos. A pesquisa aponta ainda que o YouTube é a rede mais acessada pelas crianças.

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