Americanas: número de ofertas online volta a subir

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Lojas Americanas
Lojas Americanas (foto Procon-RJ)

Depois de identificar a queda brusca no número de ofertas do marketplace das Americanas nas duas semanas seguintes ao início da crise da marca, a WebGlobal voltou a verificar via WebPrice a variação da quantidade de ofertas na plataforma. Os novos números apontam para uma retomada do volume de anúncios do site.

Na primeira análise, o sistema WebPrice havia registrado que entre 11 de janeiro, data do anúncio do rombo, e 25 de janeiro, a quantidade geral de ofertas no marketplace americanas.com, considerando as mais de 400 categorias monitoradas pelo sistema, caiu 29%. O registro de 8 de fevereiro mostra uma mudança: duas semanas depois, as ofertas subiram 20% em relação ao número do dia 25 de janeiro.

Entre os eletrodomésticos, uma das categorias mais vendidas no mercado online, os registros de queda haviam sido ainda maiores, com redução de 49% nos 10 principais itens do grupo. As máquinas de lavar, por exemplo, tiveram 55% menos ofertas em 15 dias, e os refrigeradores caíram 49%. A diminuição levou a crer que havia acontecido uma retirada de sellers do marketplace da Americanas, possivelmente pelo receio em relação a repasses e pagamentos.

A nova análise mostrou que a categoria pode estar retomando o patamar inicial de volume de ofertas, com aumento de 39% entre 25 de janeiro e 8 de fevereiro. Máquinas de lavar já recuperaram metade do número de ofertas e refrigeradores, cerca de um terço. Televisores apresentaram um comportamento parecido: a queda na primeira quinzena após o anúncio da crise foi de 49% e, na segunda quinzena, o número subiu 28%.

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Na última quinta-feira, a 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro acolheu recurso apresentado pelo Serur Advogados, em defesa da BTG Pactual Seguros S/A, para definir o marco temporal relacionado ao início dos efeitos da recuperação judicial do Grupo Americanas. Segundo a decisão, as restrições aos direitos dos credores somente incidem a partir do ajuizamento do pedido cautelar preparatório, ocorrido na noite do dia 12 de janeiro. Assim, não são afetadas as operações realizadas anteriormente, como o vencimento antecipado e a compensação de dívidas pelo BTG Pactual, que giram em torno de 1,2 bilhão.

A instituição de varejo havia entrado com pedido cautelar preparatório da recuperação judicial, para evitar execuções, ações de cobrança e o exercício de outros direitos pelos seus credores. A solicitação foi aceita, mas, com a decisão de quinta-feira, o juiz da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro esclareceu que a liminar só produz efeitos a partir do ajuizamento da ação. Assim, permanece válida a compensação realizada pelo BTG Pactual de parte das dívidas das Americanas, já que a operação foi feita antes do requerimento judicial da rede varejista.

A decisão definiu o marco temporal relacionado ao início dos efeitos da Recuperação Judicial do Grupo Americanas. Ou seja, as restrições aos direitos dos credores somente incidem a partir do ajuizamento do pedido cautelar preparatório, não atingindo operações anteriormente finalizadas.

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Americanas: Efeitos de liminar em recuperação judicial não atingem operações já realizadas

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