Número de pobres nos EUA aumentou em 3,3 milhões

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Homem sentado no banco. Imagem: divulgação

Em 2020, havia 37,2 milhões de norte-americanos na pobreza, cerca de 3,3 milhões a mais do que em 2019, primeiro crescimento após cinco anos de quedas. A renda familiar média era de US$ 67.521 em 2020, uma diminuição de 2,9% em relação à de 2019. Este é o primeiro declínio estatisticamente significativo na renda familiar média desde 2011. Os dados foram divulgados na terça-feira pelo U.S. Census Bureau.

A taxa oficial de pobreza ficou em 11,4%, 1 ponto percentual acima da de 2019. Os benefícios do seguro-desemprego reduziram a taxa em 1,4 ponto percentual. Sem este auxílio, mais 4,7 milhões de pessoas estariam na pobreza, e a taxa geral seria de 12,9% em 2020.

Milhões de famílias da classe trabalhadora nos Estados Unidos são tão pobres que não podem mais fazer compras em supermercados. Em vez disso, eles estão comprando comida em “lojas de 1 dólar”. Segundo o site Vermelho, a Dollar General, a maior rede de lojas do tipo nos EUA, tem 32% mais clientes do que antes do coronavírus. Espera-se que cerca de 1.650 novos pontos de venda sejam abertos este ano.

O retrato das perdas está também nas quase 43 milhões de pessoas que devem US$ 1,6 trilhão em empréstimos estudantis. A maioria nunca será capaz de pagá-los.

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Os salários estagnaram ou até mesmo diminuíram desde o início dos anos 1970. São necessários US$ 12,77 em julho de 2021 para igualar o poder de compra do salário mínimo federal de US$ 1,60 que foi promulgado em fevereiro de 1968. Mas o salário mínimo federal é de apenas US$ 7,25 por hora.

Desde 1970, a parcela da renda nacional para os pobres e trabalhadores caiu de quase 65% para menos de 57% em 2017, segundo a Harvard Business Review.

A situação em 2020 nos EUA teria sido pior não fossem os auxílios distribuídos pelo Governo Federal. Os mais de US$ 400 bilhões de estímulos ajudaram a tirar 11,7 milhões de pessoas da pobreza, de acordo com a Medida Suplementar da Pobreza (SPM) divulgada pelo Census Bureau.

A (SPM) foi de 9,1%, 2,6 pontos percentuais abaixo da taxa de 2019. As estimativas do SPM refletem a receita pós-impostos que incluem pagamentos de estímulo. O índice serve como um indicador adicional de bem-estar econômico.

Olhando para as parcelas do rendimento agregado por percentil, o quintil mais baixo (20% dos agregados familiares) recebeu apenas 3% do rendimento agregado, antes de impostos, em 2020, enquanto o quintil mais alto recebeu 52,2% do rendimento agregado. Usando a receita após os impostos, os números são de 4,2% e 47,1%, respectivamente.

O Seguro Social continuou a ser o programa antipobreza mais importante, tirando da pobreza 26,5 milhões de pessoas.

 

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