O ministro do Supremo tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, também se antecipou e votou a favor para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a cumprir a pena de 5 anos e 3 meses de prisão, em regime semiaberto, e perca o seu mandato de deputada federal. Os ministros Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin seguiram o voto de Gilmar Mendes, relator do caso.
Apesar da maioria já formada, o julgamento segue suspenso devido ao pedido de vista do ministro Nunes Marques, que tem 90 dias para analisar o caso. O julgamento ainda será marcado pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso.
Zambelli responde por perseguir, armada, o jornalista Luan Araújo, em plena luz do dia, nas ruas do bairro Jardins, região nobre de São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
O ministro Cristiano Zanin antecipou seu voto, na segunda-feira, antes de o ministro Kassio Nunes Marques pedir vista e interromper o julgamento.
No domingo, o ministro Flávio Dino havia votado pela condenação da parlamentar:
A decisão do ministro acompanhou a do relator do processo, Gilmar Mendes, levando à soma de quatro decisões favoráveis pela cassação da parlamentar, contra zero votos contrários. Também acompanharam a tese do relator, os ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia.
Zambelli se tornou ré no STF em agosto de 2023, após sacar uma arma de fogo e perseguir o jornalista Luan Araújo pelas ruas de São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
“É uma contradição insanável que um representante político ameace gravemente um representado, como se estivesse acima do cidadão ao ponto de sujeitá-lo com uma arma de fogo, em risco objetivo de perder a sua vida”, destacou Dino ao declarar seu voto.
Na última sexta-feira, o advogado de defesa da deputada, Daniel Bialski, declarou em nota enviada à Agência Brasil que houve cerceamento de defesa, impedida de fazer sustentação oral no julgamento.
“Esse direito do advogado não pode ser substituído por vídeo enviado – cuja certeza de visualização pelos julgadores inexiste”, declarou.
Matéria editada, às 18h57, e nesta terça-feira, às 18h55, para inserir informações sobre o voto dos ministros do STF, Cristiano Zanin e Dias Toffoli.
Com informações da Agência Brasil, Brasil 247, O Globo e R7