Ô, abre alas

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Ocupação Chiquinha Gonzaga (foto reprodução Itaú Cultural)
Ocupação Chiquinha Gonzaga (foto reprodução Itaú Cultural)

Francisca Edwiges Neves Gonzaga

O Centro da então capital federal, a cidade do Rio de Janeiro, na segunda metade do século XIX, é circunstância retratada na mostra Ocupação Chiquinha Gonzaga, dedicada à compositora e pianista. Aberta na semana passada (23 de fevereiro) pelo Itaú Cultural, em São Paulo (SP), a mostra estará disponível até 23 de maio, com visitação presencial e virtual (preferível para cerca de 97% da população que esperam, esperam, e esperam pela vacina). #Vacina SIM!

A reverenciada personagem representada pela maestrina Francisca Edwiges Neves Gonzaga, a Chiquinha Gonzaga (1847-1935), teve a sua identidade apurada na mostra, já que era afrodescendente, mas teve esta condição “embranquecida” pelo racismo estrutural brasileiro. Sua mãe era filha de uma escrava alforriada e seu pai foi um militar de família tradicional.

 

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Carolina de Jesus

No sábado, 13 de fevereiro passado, reverenciou-se a escritora Carolina Maria de Jesus, em consequência da passagem dos 44 anos de sua morte, nesta data. Negra, favelada e vivendo da coleta para reciclagem do lixo urbano, sua obra maior foi Quarto de despejo. Trata-se do diário de uma favelada, lançada em 1960, no modo de um diário, retratando o próprio dia a dia, na então favela do Canindé, em São Paulo (SP). Fala do cotidiano de invisibilidade dos favelados aos olhos das políticas públicas assistenciais e dos desafios de uma mãe solo de três filhos.

 

Ana Maria de Jesus Ribeiro

Na terça-feira, 9 de fevereiro, foi assinado o decreto que instituiu 2021 como o ano do Bicentenário de Nascimento de Anita Garibaldi (30/8/1821, Laguna, Santa Catarina – 4/8/1849, Ravena, Itália). Presentes no ato o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, a secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araújo, e a representante da família de Anita, Elma Santana.

O encontro com Anita foi relatado pelo próprio Giuseppe. “Entramos, e a primeira pessoa que se aproximou era aquela cujo aspecto me tinha feito desembarcar. Era Anita! A mãe de meus filhos! A companhia de minha vida, na boa e na má fortuna. A mulher cuja coragem desejei tantas vezes. Ficamos ambos estáticos e silenciosos, olhando-se reciprocamente, como duas pessoas que não se vissem pela primeira vez e que buscam na aproximação alguma coisa como uma reminiscência. A saudei finalmente e lhe disse: ‘Tu deves ser minha! ‘. Eu falava pouco o português, e articulei as provocantes palavras em italiano. Contudo fui magnético na minha insolência. Havia atado um nó, decretado uma sentença que somente a morte poderia desfazer. Eu tinha encontrado um tesouro proibido, mas um tesouro de grande valor.”

 

Enfermeira Anna Néri

Anna Justina Ferreira Nery, conhecida simplesmente como Ana Néri (13/12/1814, Cachoeira, Bahia – 20/5/1880, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro) é considerada a pioneira da enfermagem no Brasil. Serviu como voluntária na Guerra contra o Paraguai, com a abnegação hoje vista em heroínas no trato de enfermos vitimados na pandemia da Covid-19. Em sua homenagem, em 1926, foi dado o seu nome à primeira escola de enfermagem de alto padrão no Brasil, fundada pelo cientista Carlos Chagas, em 1923.

 

Maiara Felício

A bela cidade serrana de Nova Friburgo (RJ), com mais de 200 anos de existência, teve a primeira mulher negra eleita para a Câmara Municipal, no último pleito (2020). Maiara Felício (PT) obteve votação consagradora, a maior entre os vereadores eleitos.

Maiara Felício, recentemente, registrou um boletim de ocorrência por injúria racial, na Delegacia da Mulher, na terça-feira, 9 de fevereiro. Comentários ofensivos foram postados após a parlamentar se posicionar contra a retomada das aulas presenciais na cidade, por falta de garantias de segurança sanitária para o retorno às aulas presenciais.

 

Talíria Petrone

A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) foi barrada duas vezes no acesso ao Plenário da Câmara, ainda que portando um broche de identificação de parlamentares. Nas suas palavras, “durante as quatro primeiras semanas de mandato foi muito explícito. Encaminharam-me ao elevador que não é para deputados, me barraram na porta do Congresso. Não foi uma, nem duas: foram várias vezes. Nesta semana, foi uma vez, na entrada do Congresso”, acrescentou.

Parece que é difícil enxergar o broche em meio à indumentária colorida, de que a parlamentar se utiliza…

 

#Vacina Sim

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