O primeiro papa a ser escolhido através de um conclave foi Gregório X, isso no longínquo ano de 1271. Desde então, todos os 85 papas foram escolhidos através de conclaves. Com relação aos cardeais brasileiros, eles começaram a participar do processo a partir de 1914. Desde então, 27 cardeais brasileiros participaram 47 vezes de 9 conclaves realizados. Isso porque o primeiro cardeal brasileiro a participar de um conclave, Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti, não chegou a tempo de votar no conclave de 1922. Se ele tivesse participado desse conclave, os cardeais brasileiros teriam participado dos 10 conclaves realizados desde 1914.
A diferença entre 27 cardeais e 47 participações se deve ao fato de que 15 cardeais tiveram mais de uma participação, 35 no total, e 12 participaram uma única vez. Dessas 47 participações, os cardeais brasileiros votaram em 36 oportunidades.
Os cardeais brasileiros que mais participaram de conclaves
Os cardeais brasileiros que mais participaram de conclaves foram Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, como eleitor em 1958 e 1963, e como não eleitor nos dois conclaves de 1978, e Paulo Evaristo Arns, como eleitor nos dois conclaves de 1978 e como não eleitor nos conclaves de 2005 e 2013.
O cardeal Aloísio Lorscheider participou de três conclaves, sendo que como eleitor nos dois conclaves de 1978 e como não eleitor em 2005.
Com duas participações, nós temos Jaime de Barros Câmara e Augusto Álvaro da Silva, ambos em 1958 e 1963; Agnelo Rossi, Alfredo Vicente Scherer, Eugênio Sales e Avelar Brandão Vilela, todos nos dois conclaves de 1978; Geraldo Majella Agnelo e Cláudio Hummes, ambos em 2005 e 2013, e Odilio Pedro Scherer e João Braz de Aviz, ambos em 2013 e 2025. Todos eles como eleitores. Já Raymundo Damasceno Assis participou do conclave de 2013 como eleitor, mas não pôde votar em 2025 por já ter mais de 80 anos, e Serafim Fernandes de Araújo participou dos conclaves de 2005 e 2013, mas nos dois como não eleitor.
O primeiro cardeal brasileiro a votar em um conclave
O primeiro cardeal brasileiro a participar da escolha de um papa, neste caso Bento XV em 1914, foi Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti, arcebispo do Rio de Janeiro. Ele poderia ter participado do conclave de 1922, que escolheu Pio XI, mas não conseguiu chegar a tempo para participar da votação.
Os cardeais brasileiros nos conclaves de 1939, 1958, 1963, 1978, 1978, 2005 e 2013
No conclave de 1939, que elegeu o papa Pio XII, o Brasil foi representado pelo cardeal Sebastião Leme da Silveira Cintra, arcebispo do Rio de Janeiro.
Já no conclave de 1958, o Brasil foi representado por três cardeais: Jaime de Barros Câmara, arcebispo do Rio de Janeiro; Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, arcebispo de São Paulo, e Augusto Álvaro da Silva, arcebispo de Salvador. Neste conclave foi eleito o papa João XXIII, mas como o seu papado foi curto, pouco mais de 5 anos, em 1963 o colégio de cardeais voltou a se reunir para a escolha de um novo papa, neste caso Paulo VI. Neste novo conclave, o Brasil foi representado pelos três cardeais que haviam participado do conclave anterior.
Em 1978, a Igreja Católica passou por uma situação inesperada. Com a morte de Paulo VI, foi realizado em ago/1978 o conclave que escolheu o papa João Paulo I, mas como ele faleceu 33 dias após o início do seu pontificado, em out/1978 foi realizado um novo conclave através do qual foi eleito o papa João Paulo II. Nesses dois conclaves, o Brasil foi representado por sete cardeais, sendo que seis deles puderam votar: Agnelo Rossi, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos; Alfredo Vicente Scherer, arcebispo de Porto Alegre; Eugênio Sales, arcebispo do Rio de Janeiro; Avelar Brandão Vilela, arcebispo de Salvador; Paulo Evaristo Arns, arcebispo de São Paulo, e Aloísio Lorscheider, arcebispo de Fortaleza.
O cardeal Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, que já havia participado dos conclaves de 1958 e 1963, não pôde participar da votação dos dois conclaves de 1978, pois já tinha mais de 80 anos.
Com a morte de João Paulo II em 2005, depois de um pontificado de mais de 26 anos, foi realizado em abril do mesmo ano, o conclave que escolheu o papa Bento XVI. Neste conclave, o Brasil foi representado por oito cardeais, mas quatro deles não puderam participar da votação, pois já estavam acima do limite de 80 anos: Eugênio de Araújo Sales, arcebispo emérito do Rio de Janeiro; Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, Aloísio Lorscheider, arcebispo emérito de Aparecida, e Serafim Fernandes de Araújo, arcebispo emérito de Belo Horizonte. Os quatro cardeais brasileiros que votaram foram José Freire Falcão, arcebispo emérito de Brasília; Geraldo Majella Agnelo, arcebispo de Salvador; Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo, e Eusébio Oscar Scheid, arcebispo do Rio de Janeiro.
Com a renúncia de Bento XVI em fev/2013, o colégio de cardeais voltou a se reunir em um conclave em março do mesmo ano, com o Brasil sendo representado por 9 cardeais, sendo que quatro deles não puderam votar, pois já tinham mais de 80 anos: Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo; José Freire Falcão, arcebispo emérito de Brasília; Serafim Fernandes de Araújo, arcebispo emérito de Belo Horizonte, e Eusébio Oscar Scheid, arcebispo emérito do Rio de Janeiro.
Neste conclave, votaram os cardeais Geraldo Majella Agnelo, arcebispo de Salvador; Cláudio Hummes, prefeito emérito da Congregação para o Clero; Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo; Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, e João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
O Brasil no conclave de 2025
No conclave que escolheu o papa Leão XIV, o Brasil foi representado por oito cardeais, sendo que Raymundo Damasceno Assis, por já ter mais de 80 anos, não pôde votar. Participaram deste conclave os cardeais Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo; João Braz de Aviz, prefeito emérito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica; Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro; Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador; Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus; Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, e Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre.
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Artigo atualizado no dia 08/05/2025.