O Brasil tem pressa

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Uma das dez maiores economias do planeta, o Brasil necessita solucionar, com urgência, graves problemas que atormentam o seu povo.
No campo econômico a questão das dívidas – interna e externa, que, somadas, já ultrapassam o PIB – requer uma solução altiva, soberana, diferente do receituário prescrito pelo FMI. Parcela majoritária do orçamento da República está comprometida com o serviço das dívidas. Por isso não há dinheiro para segurança, educação, saúde, estradas, para nada.
As taxas de juros, entre as mais altas do mundo, sufocam as empresas brasileiras, sobretudo as pequenas e médias, levando-as à falência.
Mas é, certamente, na área social que estão os nossos maiores desafios.
O salário mínimo pago no Brasil é um dos mais baixos do mundo, muito inferior ao de países cujas economias não se comparam com a nossa.
Somos campeões em desigualdade e injustiça social: concentração de rendas, mortalidade infantil, trabalho escravo e de menores, violência urbana. Faltam saneamento básico e moradias para dezenas de milhões de brasileiros.
Parcela expressiva da nossa população vive na linha da miséria absoluta. Milhões de trabalhadores não têm terra para trabalhar e ainda temos mais de 10% da nossa população constituída de analfabetos.
Todos os indicadores sinalizam o agravamento desta situação, conseqüência do projeto neoliberal imposto ao país.
É necessário rever quase tudo.
A educação, que liberta o homem e as nações, requisito essencial para a cidadania, deve se constituir na maior prioridade nacional.
O combate à sonegação, à corrupção, aos desacertos éticos é fundamental para alento aos homens de bem.
O fortalecimento do Estado Democrático e a valorização dos servidores públicos são essenciais à proteção dos direitos dos cidadãos, sobretudo dos humildes.
É preciso rever a política de salários e benefícios da Previdência, fortalecendo-os e ao mercado interno, promovendo reformas corajosas no campo, nas universidades, no sistema financeiro que deve ser colocado à serviço da produção e não da especulação.
Os desafios são enormes e muitos.
A elite dirigente do país tem se mostrado empedernida, pouco sensível, incompetente, para enfrentá-los.
Os brasileiros saberão descartá-la, pela via democrática, elegendo representantes comprometidos com as mudanças.

Ricardo Maranhão
Engenheiro, é líder da Bancada do PSB na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.

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