Criado há 20 anos, o Mercosul completou aniversário sem ter se recuperado das crises econômicas do fim dos anos 1990. Após uma primeira década de aumento do comércio entre os países do bloco, os últimos dez anos foram marcados por uma perda relativa da importância de Paraguai, Argentina e Uruguai para a economia brasileira. Entre 2000 a 2010, a participação das vendas aos três países vizinhos passou de 14,4% para 11,9% em relação a tudo que foi exportado pelo Brasil. Nas importações, a queda foi mais acentuada, com recuo de 13,96% para 9,15%.
A falta de compromisso com as regras estabelecidas nos acordos, a história econômica de proteção da indústria nacional e a falta de interesse político e de planejamento podem ser apontadas como responsáveis pelo declínio do bloco aos seus 20 anos.
Dez marcas brasileiras mais valiosas
De 500 marcas brasileiras analisadas pela consultoria britânica Brand Finance, dez entraram para o ranking das 500 marcas mais valiosas do mundo, duas a mais do que no ano passado. Entre elas estão os bancos Bradesco e Itaú, além de Petrobras, Oi e Natura. A marca brasileira mais valiosa é a do Bradesco, que pulou do 43º lugar para o 28º em 2010. No mundo, o destaque foi para a ascensão do Google e a queda da Coca-Cola. O Google, que em 2010 estava em segundo lugar, alcançou a liderança, desbancando o Walmart. Com 125 anos de existência, a Coca-Cola saiu da lista das dez marcas mais valiosas pela primeira vez desde que a consultoria começou a fazer o estudo, há sete anos. Caiu do terceiro para o 16º lugar.
Porto do Rio em queda
As estatísticas da Agência Nacional De Transportes Aquaviários (Antaq) sobre a evolução da movimentação total de cargas nos portos mostram dados contundentes sobre o Porto do Rio. Em 2007, foram movimentadas 8.942.721 toneladas. Em 2008, foram 8.773.875 toneladas. Em 2009, foram 6.769.028, acusando uma queda de 24% sobre 2007. Agora, foi divulgada a movimentação de 2010. O Porto do Rio movimentou 5,6 milhões de toneladas. Uma queda impressionante de 37% em relação a 2007, portanto, em apenas três anos.
Buscando negócios na China
Pelo terceiro ano consecutivo, o Sebrae/RJ, em parceria com a Facerj, organiza a missão à Canton Fair, na China, de 17 de abril a 4 de maio. A feira, considerada a maior do mundo. A iniciativa tem como objetivo promover o intercâmbio comercial entre empresas da China e do Brasil. Os interessados em participar devem entrar em contato com a Central de Relacionamento do Sebrae/RJ (0800 570 0800) e solicitar maiores informações sobre roteiros, custos e ficha de inscrição.
CNI apoia rigor aos produtos importados
A ampliação da lista de produtos estrangeiros que passarão por inspeções mais rigorosas na alfândega garantirá maior isonomia competitiva dos produtos brasileiros com os importados. A avaliação foi feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O novo controle, discutido na reunião do Grupo de Aceleração do Crescimento (GAC), exigirá dos estrangeiros as mesmas especificações de segurança e qualidade requeridas dos produtos brasileiros.
Aprendendo a exportar
O Sistema Firjan, através do Centro Internacional de Negócios(CIN), em cooperação com a Funcex, está com inscrições abertas para o curso “Preparando-se para exportar”, no dia 30 de março, das 9h às 18h, na sede da Federação, na Av. Graça Aranha, 1/5º andar, no Centro do Rio. O objetivo é promover a capacitação e o desenvolvimento da cultura exportadora nas empresas com foco em ingressar no mercado internacional. O programa é voltado a empresários e profissionais que atuam em organizações com operações de exportação e potenciais entrantes no mercado internacional, profissionais liberais e executivos de empresas prestadoras de serviços de comércio exterior.
Mais informações no site da Firjan (www.firjan.org.br), pelo telefone (21) 2563-4600 ou pelo e-mail [email protected]
Consulta sobre bens remanufaturados
A secretaria-executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) enviou questionário a entidades representativas dos setores produtivos nacionais para colher informações que possam orientar a formulação da política de comércio exterior para bens remanufaturados e estabelecer a definição brasileira para essa classe de produtos. As entidades do setor produtivo brasileiro que receberam o questionário da Camex terão até o dia 13 de abril para responder à consulta. As respostas deverão ser encaminhadas por e-mail para o endereço [email protected]
Incentivo para pequenos exportadores
O presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa no Congresso Nacional, deputado Pepe Vargas (PT/RS), afirmou que pretende incluir no Projeto de Lei Complementar 519/10, em tramitação na Câmara dos Deputados, a criação de mecanismo para beneficiar empresas exportadoras hoje enquadradas no Simples Nacional. Pela proposta, as pequenas empresas poderiam exportar até o dobro do limite de enquadramento no Simples sem precisar incluir esse valor no faturamento para fins de tributação. “O volume que ela vende ao mercado externo, até o dobro do valor de enquadramento no Simples, não será considerado como faturamento total da empresa. Valeria apenas o que ela fatura no mercado interno”, afirma o deputado.
Evitando o Porto de Tóquio
Autoridades do setor de transportes marítimos do Japão informaram que alguns navios mercantes podem estar evitando o Porto de Tóquio devido ao receio de radiação, e o Japão pode enfrentar problemas graves na cadeia de oferta de produtos na medida em que navios forem desviados.
Novo presidente da Amcham
Tomou posse o novo presidente da Câmara de Comércio Americana (Amcham), Henrique Rzezinski, vice-presidente de Assuntos Corporativos da BG Brasil. Em solenidade no Hotel Windsor Atlântica, no Leme, Zona Sul do Rio, Rzezinski disse que pretende fortalecer ainda mais o apoio da instituição ao governo estadual, a fim de ajudar a recolocar o Estado do Rio em destaque no cenário nacional e internacional. Rzezinski cumprirá mandato de dois anos, substituindo Robson Barreto. Ele garantiu ainda que vai priorizar a ampliação do diálogo estratégico para o setor energético iniciado pelo presidente Barack Obama em sua visita ao país e no engajamento nos eventos internacionais que fazem parte da agenda do Rio, incluindo a conferência Rio+20.
Vendas aos países árabes
As exportações do agronegócio brasileiro aos países árabes renderam US$ 724,14 milhões em fevereiro, um aumento de 65,6% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Três países árabes figuraram entre os 20 maiores importadores do agronegócio brasileiro em fevereiro: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Argélia. Os três estão também entre os mercados que mais cresceram no mês, com aumentos de 48,5%, 109,1% e 196,7%, respectivamente. Mais informações sobre comércio exterior: www.exportnews.com.br
Antonio Pietrobelli
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