O que é bom para os EUA não é bom para o mundo

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Cerca de 70% do crescimento da economia mundial depende de uma melhoria no desempenho dos países em desenvolvimento e de mercados emergentes, calcula o fundo Monetário Internacional (FMI). Esmiuçando, depende da China e da Índia, já que o Brasil está atolado nas políticas neoliberais, e a Rússia sofre com a queda nos preços do petróleo e gás. Boa parte da perda do desempenho da economia global vem da disputa entre Estados Unidos e China.

A economia chinesa deve crescer 6,2% em 2019, alta forte, mas inferior aos 6,6% do ano passado. A Índia, ao contrário, acelera, passando de 6,8% em 2018 para 7% este ano e 7,2% em 2020. O Brasil patina, com previsão de 0,8% em 2019 e otimistas 2,4% ano que vem.

Os EUA, apesar de redução no ritmo em relação aos 2,9% de 2018, projeta crescer 2,6% em 2019 e 1,9% em 2020, com a política de Trump que, por enquanto, desafia os críticos. Mas quem acha que se atrelar ao Grande Irmão do Norte faz bem para a economia devia olhar com mais calma o México. O crescimento deve despencar de 2% ano passado para 0,9% em 2019 e 1,9% no ano que vem, menos que a previsão para o Brasil.

 

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Cheirinho de censura

A exoneração da servidora de carreira Diana Paula de Souza do cargo de coordenadora da Comunicação Social do IBGE pela presidente do Instituto, Susana Cordeiro Guerra, provocou protesto da associação de servidores.

Segundo nota da entidade, é a terceira servidora afastada de suas funções, depois de Cláudio Crespo (Diretoria de Pesquisa) e José Sant´Anna Beviláqua (diretor de Informática). “Outros cinco servidores entregaram seus cargos, em resposta à intervenção de Susana no projeto técnico e tecnológico do Censo Demográfico 2020, que vem sendo planejado desde 2015.”

A ASSIBGE-SN destaca que a comunicação do órgão tem que ser regida pelos princípios de relevância, imparcialidade e igualdade de acesso aos dados e pesquisas. A comunicação do órgão de estatística não pode privilegiar nenhum veículo, nenhum setor, empresa ou pessoa. As informações podem até influenciar o comportamento do mercado financeiro.

Segundo a entidade dos funcionários, o IBGE passou a lançar mão de uma empresa terceirizada pelo Ministério da Economia para fazer a comunicação institucional, “o que jamais ocorreu na história da instituição”.

Poderia ser uma troca para alinhar a Comunicação à direção do IBGE, não fossem os recentes rompantes do presidente Bolsonaro contra o Inpe, contra os dados da prévia do PIB, contra o Censo e outras estatísticas que desagradam o governo. Sem conseguir combater a febre, quebram-se os termômetros.

 

Tríplice interesse

Que o presidente da Argentina, Mauricio Macri, assuma o discurso dos Estados Unidos ligando o Hezbollah a terroristas e ao Irã, para obter uns trocados de Trump e desviar atenção da grave crise econômica de seu país, dá para entender.

Que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, venda o peixe de que o Hezbollah tem ligações com o tráfico carioca, e que portanto o combate nos morros é contra “terroristas” – forma de justificar a política do governador de atire primeiro e não pergunte depois – é fácil decodificar.

Agora, a mídia não precisa comprar essas histórias sem um mínimo de apuração, o que, no jornalismo, significa ouvir fontes isentas.

 

Janela

O desejo do ministro da Educação de contratar professores sem concurso esconde um adeus à meritocracia. Seria a única forma de povoar as universidades, especialmente de Economia, com docentes neoliberais, que não conseguem passar pela barreira do concurso democrático.

 

Rápidas

Em 13 de agosto, a Casa Bisutti recebe evento do Lide Futuro “Cannabusiness: um mercado bilionário”, debatendo o potencial de mercado do canabidiol no Brasil e no mundo. De acordo com a consultoria Brightfield Group, o segmento movimentará US$ 23 bilhões até 2022 apenas nos Estados Unidos. Detalhes do evento em lidefuturo.com.br *** O Shows de Sexta no Caxias Shopping traz a cantora Anna Lima, a partir das 19h30, com sucessos do sertanejo universitário *** O Baile Dançante do Carioca Shopping prossegue na segunda-feira, das 15h às 19h *** Ampliar as oportunidades, a velocidade de financiamento e a execução de projetos de infraestrutura é o objetivo da 17ª edição do Latin America Infrastructure Leadership Forum, que será realizado em Brasília 31 de julho e 1º de agosto. Detalhes em cg-la.com/forums/lalf17/program

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