Não está claro quais ações o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) tomará depois de elevar em 0,75 ponto percentual a taxa básica de juros, em uma tentativa de controlar a pior inflação em 40 anos. Em entrevista, presidente do Fed, Jerome Powell (foto) falou no risco de recessão e questionou se a alta de 0,75 se repetirá na próxima reunião.
Desmond Lachman, membro sênior do American Enterprise Institute, disse à agência de notícias Xinhua que o Fed provavelmente continuará comprometido em reduzir o tamanho de seu balanço patrimonial em US$ 95 bilhões por mês a partir de setembro.
“Minha expectativa é que antes do final do ano, quando o Fed perceber que suas políticas estão produzindo um duro pouso econômico e uma nova queda no mercado financeiro, o Fed fará uma reviravolta, diminuindo o ritmo de aumento das taxas de juros, assim como o ritmo de redução no tamanho de seu balanço”, disse Lachman.
Dean Baker, economista sênior do Centro de Pesquisa Econômica e Política, disse à Xinhua que a verdadeira questão é se o Fed se compromete com novos aumentos de juros ou se o banco central muda para uma abordagem de esperar para ver.
Em um relatório no início deste mês, o banco de investimentos Goldman Sachs escreveu: “Esperamos que as autoridades do Fed queiram manter suas opções em aberto e evitem qualquer orientação forte.”
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