O rei, o príncipe e o programa Minha Casa Minha Vida

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Conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida (Foto: Tomaz Silva/ABr)
Conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida (Foto: Tomaz Silva/ABr)

Símbolo britânico de muitas contradições, a realeza volta a despertar nos súditos um sentimento contraditório do poder do Reino e de carestia, com economia andando de lado. Este último é o que parece ter levado a um conflito intergeracional que culminou com um pedido de devolução das chaves de casa de Frogmore Cottage (uma das casas) feito pelo papito Charles III ao príncipe Harry e sua digníssima esposa Meghan.

A paz relativa, que vinha desde a atuação da mãe do príncipe junto a causas benemerentes parece ter se esgotado. E agora? Onde Harry e Meghan vão dispor dos seus trapinhos, já que carecem de fundamento notícias dando conta da submissão de ficha cadastral do casal para ingresso no programa “Minha casa minha vida”…

+ Mulher não pode

14 de abril de 1941. O presidente da República assinou o Decreto-Lei nº 3.199, que em seu Artigo 54, proibia às mulheres, explicitamente, a prática de esportes que não fossem “adequadas à sua natureza”.

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Este Decreto-Lei não citava diretamente o futebol, mas embalou a sentença de que “futebol é para homem”.

Uma curiosidade sobre o início da prática do futebol no Brasil. Enquanto a atividade de futebol masculino foi praticado inicialmente pelos filhos das classes sociais mais favorecidas economicamente. Entre as mulheres, deu-se o contrário; tornou-se um “bico”, prática de subsistência, em vias de ser resgatada, em alto nível pelas mulheres.

Bom reparar que são poucos ou pouquíssimos os atletas que recebem remunerações equiparáveis aos demais profissionais do show business. Todos sabem os seus nomes, até mesmo por que este é um ambiente onde predomina a vaidade (é comum a autoatribuição do status de “vencedor”). Uma Ferrari faria de qualquer um “vencedor”. Ainda que venham a equipar esta Ferrari com um kit-gás… (fato verídico)…

A realidade tem muitas arestas

O Ministério do Trabalho e Previdência estima que existam no Brasil cerca de 11 mil atletas profissionais de futebol, com carteira assinada, e com a média salarial é de R$ 8.400. É possível que chegue a 90 mil atletas se contabilizada os que não dispõe de contrato, nem de registro em carteira.

A maioria dos atletas (55%) é remunerada mensalmente com R$ 1.100. Recebem até R$ 5 mil os 33% seguintes. De acordo com legislação, o contrato pode valer de três meses a cinco anos. A média salarial alcança R$ 3.221.

No conjunto, um jornal especializado em futebol dá alguns exemplos. A revista Forbes, mais completa, incluiu publicidade, colocam Ronaldo na liderança, em 2021, com US$ 125 milhões, Messi segue, com US$ 110 milhões, Neymar vem em terceiro, com US$ 95 milhões.

Com um sobrevoo rápido, vimos este que é um dos elementos do cenário do futebol, hoje. Tanto é que, se as forças se as forças que atuam hoje pela desigualdade, continuarem a produzir efeitos não há muito com que se alegrar. Pau que hoje dá em Chico continuará dando em Franciscas.

Em tempo: Feliz Ano Novo!

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