Ocupação em hotéis de São Paulo deve ser de até 90% nas férias de julho

Dados são de federação do setor; já de acordo com a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado, movimentação financeira deve bater R$ 7 bi no período

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Quarto de hotel (Foto: Fernando Frazão/ABr)
Quarto de hotel (Foto: Fernando Frazão/ABr)

As tradicionais férias de julho deverão garantir taxa de ocupação de até 90% nos hotéis, resorts e pousadas do solo paulista. Com isso, a Federação de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares do Estado de São Paulo (Fhoresp) projeta crescimento de 16% no movimento do Turismo, em comparação com o mês anterior, o que inclue os serviços de alimentação fora do lar. Em relação a igual mês de 2023, a alta deve ficar entre 5% e 7%. As regiões serranas e o Litoral Norte, onde há alta gastronomia, estão entre os roteiros mais procurados.

As estimativas do segmento turístico são do Núcleo de Pesquisas e Estatísticas (NPE) da Fhoresp. As projeções têm como base a Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS) medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta o bom comportamento do Turismo em 2024. Além disso, os dados levam em consideração o total de Unidades Habitacionais na Hotelaria (UHs) existentes no Estado de São Paulo – atualmente, 191 mil, como explica Edson Pinto, diretor-executivo da federação:

“Esse comportamento reflete tanto a sazonalidade da atividade no período das férias como, também, o bom desempenho do mercado de trabalho, e, como consequência, o crescimento no rendimento real dos trabalhadores brasileiros”, avalia.

A expectativa da Fhoresp é que a trajetória de alta no segmento tenha continuidade. A última PMS medida pelo IBGE, em abril deste ano, aponta uma expansão de 4,5% nas atividades turísticas do País, em relação a igual período de 2023. Com isso, o turismo se encontra acima do patamar de fevereiro de 2020 – mês anterior ao início da pandemia.

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O diretor de Hospitalidade e Jogos da Fhoresp, Bruno Omori, destaca que, a maior taxa de ocupação, de 90%, deverá ocorrer durante o mês de julho em destinos localizados em áreas serranas. Além de Campos do Jordão, outra rota a ser bastante procurada, e, assim, alcançar este percentual, será Serra Negra:

“Estas cidades trabalham muito forte o clima de inverno, e, por esse motivo, têm alta demanda durante todo o mês de férias do meio do ano, oferecendo atividades turísticas e culturais. Este mix fortalece bastante a procura”, explica Omori.

Nos municípios denominados “interior de lazer”, a taxa de ocupação deverá girar em torno de 70% em hotéis-fazenda e resorts, conforme estimativa da Federação de Hotéis e Restaurantes de São Paulo. Entre essas cidades, destacam-se Águas de Lindoia, Águas de São Pedro e Atibaia – só para citar algumas possibilidades de roteiros turísticos no estado.

O Litoral Norte também deve ser bem procurado, neste mês de julho, apesar do inverno, como Ilhabela-SP, uma vez que hotéis e resorts da cidade exploram muitas atividades culturais e de alta gastronomia:

“Neste caso, a taxa de ocupação poderá chegar até 60%”, completa Omori.

Já de acordo com as estimativas do Centro de Inteligência e Economia do Turismo (Ciet), ligado à Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP), o recesso escolar, ou as férias de julho, terá mais de cinco milhões de turistas circulando pelo Estado de São Paulo. O levantamento prevê também R$ 7 bilhões em movimentação financeira direta.

Em sondagem realizada junto à população, o Ciet perguntou sobre a intenção de viagem nas férias de julho. Pouco mais de 60% dos ouvidos disseram que viajarão nas férias e ficarão dentro do próprio estado. Para 34% deles, o destino será outros locais no Brasil, enquanto 6% devem escolher destinos internacionais para visitar nas férias.

São Paulo, capital, foi o destino mais citado entre os entrevistados, seguida das cidades do Circuito das Águas, como Serra Negra, o Litoral Norte do estado e a Baixada Santista. O turista pretende permanecer, em média seis dias nos destinos com um gasto médio, por pessoa, de R$ 217 por dia.

O planejamento dos turistas inclui, em 57,9%, estadias em hotéis, pousadas e similares. Para outros 15,8%, o meio de hospedagem a ser escolhido deverá ser a casa de amigos ou parentes, e 12,3% disseram que preferirão imóveis de aluguel por aplicativo.

O perfil dos viajantes é predominantemente familiar e 90% das viagens serão realizadas de carro. A atividades mais procuradas nos destinos são gastronomia (17,7%), assim como o ecoturismo e turismo de natureza (14%), parques de diversão (13%) e museus ou locais históricos (12%).

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