Oferta de Pix por aproximação será obrigatória a partir desta sexta

Até agora, modo estava em fase de testes; já o Pix automático entra em vigor em 16 de junho

187
Pix (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)
Pix (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)

A partir desta sexta-feira, as instituições financeiras serão obrigadas a oferecer mais uma modalidade de transferência via Pix que dispensa a necessidade de digitar a senha bancária. A oferta do Pix por aproximação passa a ser obrigatória, neste momento apenas para celulares Android.

Com a funcionalidade, basta o cliente encostar o celular na maquininha de cartão e fazer o Pix por meio da tecnologia Near Field Communication (NFC). Nas compras pela internet, o Pix será concluído com apenas um clique, sem a necessidade de captar o código QR ou usar a função copia e cola do Pix. O processo será executado dentro do site da empresa vendedora.

O valor máximo por transação será R$ 500. O cliente poderá diminuir o limite por operação e criar um valor máximo por dia para essa modalidade do Pix.

O procedimento é semelhante ao utilizado com cartões de crédito e de débito, cujos pagamentos por aproximação têm se expandido no país. Em setembro do ano passado, 65% dos pagamentos presenciais foram feitos por aproximação, por cartões ou outros dispositivos, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Espaço Publicitáriocnseg

Até agora, o Pix por aproximação estava em fase de testes. Entre os bancos e instituições de pagamento que testavam a tecnologia estão Banco do Brasil, Bradesco, BTG Pactual, Caixa Econômica Federal, C6, Itaú, PicPay e Santander. Um total de 12 marcas de maquininhas firmaram parceria com o Google para estender o pagamento por aproximação ao Pix: Azulzinha, Bin, Cielo, Fiserv, Getnet, Mercado Pago, Pagbank, Rede (que pertence ao Itaú), Safra Pay, Sicredi, Stone e Sumup.

Com a obrigatoriedade da oferta, todas as instituições financeiras associadas ao open finance, que envolve o compartilhamento de dados entre elas, terão de estar no Google Pay (carteira digital do Google) e ofertar o Pix por aproximação. Isso ocorre porque, até o momento, apenas o Google Pay está cadastrado no Banco Central como iniciadora de pagamento.

Como a Apple Pay e a Samsung Pay não estão registradas no BC, o Pix por aproximação estará disponível apenas para os dispositivos móveis do sistema Android, que usam o Google Pay. Pelo menos dois bancos, Bradesco e Banco do Brasil, oferecem a tecnologia dentro de seus aplicativos. A expectativa é que outros bancos passem a oferecer a funcionalidade em seus aplicativos a partir desta sexta.

Já o Pix automático entra em vigor em 16 de junho e em abril, o Banco Central abre uma janela interna para que as organizações estejam aptas a fornecer a oferta e comecem a homologar a experiência que será oferecida aos clientes finais. Referência mundial por sua facilidade e agilidade nos pagamentos, o Pix já responde por 25% de todos os pagamentos realizados no país. De acordo com o Banco Central, os brasileiros movimentaram R$ 26,455 trilhões em transferências feitas via Pix ao longo de 2024, um aumento de 54% em relação ao que foi movimentado no ano anterior, um valor de R$ 17 trilhões.

“O Pix automático faz uma analogia ao débito automático e simplifica as transações, além de revolucionar a forma de se fazer um pagamento recorrente. Para que ele seja implementado, as instituições financeiras precisarão fazer homologação, pois em abril se iniciam os testes obrigatórios das capacidades das organizações no BC”, diz Samara Rodrigues de Lima, Digital Product Manager da Topaz, empresas de tecnologia especializada em soluções financeiras digitais. A especialista também reforça que, associar um pagamento ao Pix automático, mitiga questões de inadimplência.

Com a simples ação de aproximar o smartphone nas maquininhas e nos terminais de pagamento, de maneira bem parecida como ocorre com o pagamento por cartões de crédito ou débito, o Pix por aproximação já conquistou usuários e promete agilizar as compras em estabelecimentos físicos. Essa transação é feita por meio de carteiras digitais (wallet) e não será mais necessário ler QR Code ou acessar o app do banco para validar a operação, mas o usuário deve ter um dispositivo compatível com a tecnologia NFC.

Para Samara, a adoção dessas funcionalidades de pagamentos instantâneos está ampliando o uso de transações digitais no Brasil e no mundo.

“Estamos passando por uma inovação financeira que está inundando a economia global e a digitalização dos pagamentos só prova o quanto essa modalidade traz uma vantagem econômica e avança, beneficiando o usuário, sem contar a inclusão financeira, que está diretamente ligada a fatores econômicos. O Pix fomenta a questão do dinheiro mais rápido, mas ele fomenta também a digitalização, o acesso das pessoas ao meio digital”, conclui.

Com informações da Agência Brasil

Leia também:

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui