Oficial é preso por desvios em fundo de saúde da PM

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A assessoria da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro informou nesta segunda-feira que o major João Alexandre Assad, cardiologista do Hospital Central da Polícia Militar no bairro do Estácio, região central do Rio, foi preso na última sexta-feira em decorrência do Inquérito Policial Militar (IPM), instaurado em 2015, que apura irregularidades cometidas na administração do Fundo de Saúde da Polícia Militar (Fuspom).
O oficial foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ), por cobrar propina de empresários para direcionar con-tratos de fornecimento de stents (pequena prótese cilíndrica de malha de metal, usada para evitar obstrução de um vaso sanguíneo) para a unidade de saúde.
De acordo com a denúncia, em 2013, Assad cobrou R$ 2 mil por cada stent fornecido pela empresa Vide Bula para o HCPM, por meio de uma licitação com valor total de R$ 1,1 milhão. Por esse contrato, a empresa forneceu 127 unidades de stents farmacológicos e 90 stents convencionais e pagou ao major R$ 434 mil em propina. Em troca, Assad ofereceu assinar um laudo atestando que o produto da Vide Bula era superior ao dos concorrentes, o que possivelmente direcionaria futuras licitações.
Entre 2015 e 2017, o MPRJ ofereceu ao todo 13 denúncias à Justiça comum e à Auditoria de Justiça Militar contra uma organização criminosa instalada no Estado Maior da PM e nas unidades hospitalares da corporação para fraudar licitações, inclusive com participação de diversos oficiais.
 

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