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Qualificada como “carregada de xenofobia” pelo vice-governador mineiro Newton Cardoso, a nota da Embaixada dos Estados Unidos sobre a situação societária da Cemig fez sucesso no Jornal Nacional, da Rede Globo. Sem dar espaço para a posição do Governo de Minas, o telejornal limitou-se a reporduzir, em tom veemente, a posição do Governo norte-americano, que defendia “respeito aos acionistas minoritários”. Algumas perguntas ficaram no ar: O jornal é “nacional” de que país? O mesmo respeito merecem os minoritários de empresas como Antarctica, Telefônica e Banco Nacional ou somente aqueles que falam inglês e têm alguns bilhões de dólares?

Malabarismo
Os delegados do PT ligados ao deputado federal Carlos Santana faziam verdadeiras acrobacias verbais na convenção do fim de semana para negar que a decisão de devolver ao governador Anthony Garotinho os cargos ocupados pelo partido fosse sinônimo de rompimento com o governo pedetista. Deve ser a adaptação à política da amizade colorida.
Céu & inferno
Do governador Garotinho explicitando suas divergências com o deputado Carlos Santana: “Ele queria ficar bem com a opinião pública e com os setores que o apoiam dentro do partido e ficar bem com o Governo. Não dá para acender uma vela para Deus e outra para o diabo.” Evangélico, Garotinho parece não ter achado necessário explicar quem era quem na sua metáfora.

Emblemático
Não deixa de ser significativo que, depois de dez anos de neoliberalismo com Carlos Menem, o combate à corrupção tenha sido uma das promessas de campanha de Fernando de La Rúa que mais empolgou os argentinos.

Guilhotina emergente
Será Vera Loyola a Maria Antonieta do reinado tucanato?

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Vida dura
Cerca de cinco anos depois da implantação do Plano Real, 93% dos brasileiros consideram dura a vida que levam. A maioria dos que carregam esse sentimento é formada por pessoas que começaram a trabalhar aos 16 anos – metade das quais não contribui para qualquer instituto previdenciário – possuem TV e geladeira, são eleitores em potencial e sem tempo para ações comunitárias. A revelação é da Pesquisa sobre Padrão de Vida (PPV), suplemento da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD) 97, do IBGE, e cuja análise consta do primeiro boletim do Fórum Cândido Mendes, publicado este mês.

Cultura nacional
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara aprovou projeto de lei do deputado Wilson Santos (PMDB-MT) que eleva a alíquota sobre o Imposto de Renda retido na fonte sobre as remessas ao exterior provenientes das produções cinematográficas estrangeiras de 25% para 40%. O objetivo é oferecer à produção nacional tratamento diferenciado, pois o que estava acontecendo não era justo, em termos de tributação, segundo o deputado peemedebista. Para o deputado Padre Roque  (PT-PR), relator do projeto, não se trata de prejudicar a exibição de obras estrangeiras em nosso país e sim de canalizar recursos permanentes que estimulem a arte e a cultura nacionais, fazendo como os outros países, que taxam nossas produções de forma rigorosa.

Feudo
Durante os primeiros três dias de novembro de 1999, Toronto (Canadá) será sede do V Fórum Empresarial das Américas. Estarão reunidos mais de 1 mil líderes empresariais de 34 países para debate sobre assuntos chave relacionados ao comércio exterior na região. A expectativa na América do Norte é dar um passo para empurrar a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) goela abaixo dos países abaixo do Rio Grande. A proposta oficial da Alca é integrar as economias em uma única zona de livre comércio até o ano 2005. A tradução  mais prática é deixar a América Latina como feudo comercial dos produtos dos EUA. Trata-se de um mercado composto de 800 milhões de pessoas.

Sem troco
Apesar de as estatísticas oficiais da Secretaria de Segurança apontarem para a queda do número de assaltos a ônibus na cidade do Rio de Janeiro, várias empresas do setor estão recolhendo o dinheiro arrecadado a cada viagem. Com isso, gerou-se situação tão inusitada quanto incômoda: a do trocador sem troco. Que tal aumentar a prevenção a esse tipo de crime, em vez de esvaziar a gaveta do trocador e submeter o usuário ao constrangimento de pular a roleta ou saltar pela porta de trás?

Fraga em fuga
O presidente do Banco Central (BC), Arminio Fraga, viveu um dia de acossado, no Rio, para responder o desafio do governador de Minas, Itamar Franco, de que ele não conhece a economia brasileira. Cercado pela imprensa, na sede da Delegacia Regional do Rio (Derja), fugiu em disparada para os fundos do 24º andar, atropelando jornalistas e operadores de TV. Recusou-se a responder perguntas sobre o assunto e a explicar a queda continuada das reservas cambiais, por sete dias seguidos. Foi a segunda fuga do dia. A primeira foi da sede do BNDES, onde participou de seminário da CVM sobre proteção do acionista minoritário e alterações da Lei das S/A.

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