OHL Brasil: compra

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Highlights – Atualizamos nossas projeções da OHL Brasil, incorporando os resultados do primeiro semestre de 2011 e as novas premissas macroeconômicas. Introduzimos também o preço-alvo para dezembro de 2012, de R$ 79/ação.
Mantemos nossa recomendação de Compra para as ações da OHL Brasil em função das
boas perspectivas de crescimento da empresa e do potencial de valorização.
O ano de 2011 foi o primeiro ano completo de operação de todas as praças de pedágios
das concessões de rodovias federais, que estão apresentando um bom desempenho.
Esperamos um incremento de 15% no Ebitda em 2012, atingindo R$ 1.156 milhões. O
crescimento do Ebitda será influenciado pelo crescimento no fluxo de veículos e pelo
aumento das tarifas de pedágio.
Para 2012 estão previstos investimentos consolidados de cerca de R$ 1 bilhão, grande
parte nas concessões de rodovias federais.
O Bndes está apoiando a OHL Brasil no financiamento dos investimentos nas concessões
federais, restando apenas a aprovação do empréstimo para a concessionária Fluminense.
O empréstimo total de longo prazo do Bndes para a OHL Brasil deverá somar cerca de R$
3,5 bilhões, liberando os recursos à medida que as obras sejam realizadas.
As tarifas dos pedágios administrados pela OHL Brasil são reajustadas pelo IPCA e IGP-M.
Desta forma, consideramos o investimento em suas ações uma forma de se defender
contra o aumento da inflação no país.
A OHL Brasil possui nove concessões rodoviárias, cinco federais e quatro estaduais em
São Paulo, pertencendo ao Novo Mercado da BM&FBovespa.

Riscos do negócio – O fluxo de veículos nas rodovias varia de acordo com o desempenho da economia brasileira.
A empresa atua em um ambiente com alto grau de regulamentação e desta forma está sujeita às ações governamentais.
Os leilões de concessões de rodovias estão sendo bastante disputados, a exemplo das últimas concessões federais adquiridas pela OHL Brasil, elevando os deságios oferecidos
nos preços das tarifas dos pedágios.
Consideramos baixo o risco financeiro da OHL Brasil, principalmente em função do apoio
do Bndes.

Premissas básicas e avaliação – Para o cálculo do preço alvo da OHL Brasil utilizamos o método do fluxo de caixa descontado por um custo médio ponderado de capital de 11,5% ao ano.
Consideramos o fluxo de caixa de cada concessão até o seu vencimento.
Consideramos no longo prazo uma elasticidade média de 1,1 vez o PIB para a projeção do
fluxo de veículos nas rodovias.
Esperamos um crescimento de 3,2% no PIB brasileiro em 2012.
Com relação ao Capex, projetamos investimentos consolidados de cerca de R$ 1 bilhão em
2012 e em 2013 (concessões federais e estaduais).
Consideramos uma taxa de pagamento de dividendos de 25% do lucro líquido ajustado.
A alavancagem financeira da OHL Brasil, medida pela relação Dívida Líquida/Ebitda
Ajustado (antes do IFRS e incluindo o pagamento do ônus fixo), começou a recuar a partir
do segundo semestre de 2009 em função do aumento da geração de caixa das concessões
federais. Hoje esta relação está em apenas 1,6x (base 2T11).
No final de outubro a OHL Brasil firmou uma parceria com a Aena Internacional para participação no processo de licitação dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília. A Aena Internacional faz parte do grupo Aena, o maior operador aeroportuário do mundo em número de passageiros. A concessão de aeroportos é mais uma opção de crescimento da OHL Brasil.
A OHL Brasil administra 3.226 km de rodovias, sendo uma das principais empresas do setor no país. Deste total, 2.079 km são de concessões federais e 1.147 km de concessões
estaduais em São Paulo. A empresa é controlada pela OHL Concesiones, sociedade
espanhola que detém 60% das suas ações e que desenvolve atividades em infra-estrutura.

Luiz Otávio Broad
Fontes: Ágora Corretora de Valores e Bradesco Corretora de Valores

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