Oito em 10 brasileiros aceitariam pagar até R$ 99 por vacina da Covid

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Estudo intitulado "Expectativas da Vacina contra a Covid-19", da HSR Health, empresa da holding HSR Specialist Researchers, procurou entender o comportamento do brasileiro sobre o acesso à vacina e, segundo dados apurados, 81% da população acreditam na eficácia imunológica da vacina contra o vírus.

De acordo com o estudo, 67% dos entrevistados disseram que esperariam o cronograma de prioridades do SUS para as campanhas de imunização. Já 33% buscariam imediatamente o acesso no setor privado. Após a disponibilidade, a população acredita que acessará a vacina em 71 dias em média na rede pública e em 31 dias em clínicas particulares, sem aguardar a programação do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, 80% aceitaria preços entre R$ 50 e R$ 99 pela aplicação e vacina. Independentemente se acessará via SUS ou por clínicas privadas.

Com maior morosidade para acesso à imunização na rede pública, há uma percepção de incerteza na capacidade de realizar a vacinação em massa, pois somente 38% entendem que o SUS está preparado, enquanto 64% acreditam que as clínicas particulares estão mais bem aparelhadas para isso. Os brasileiros do Sul são os que confiam mais na rede pública de sua região, visto que 43% entendem que as unidades locais são mais qualificadas. Esse índice é menor no Centro-Oeste, 30%, enquanto no Sudeste e no Norte/Nordeste chega a 38%.

"Por questão de hábito, o acesso à vacina por meio do SUS seria predominante, com procura por parte de dois terços dos brasileiros. Contudo, a população não rejeita completamente o pagamento pela imunização. Nesse sentido, o levantamento mostra que 80% da população aceitaria pagar entre R$ 50 e R$ 99 pela vacina. Embora hoje não haja dados que demonstrem comparativamente o percentual de outras campanhas de vacinação entre SUS e clínicas particulares, creio que quem pague não chegue a 33%, conforme observamos nos dados coletados", sinaliza Bruno Mattos, diretor da HSR Health e responsável pelo estudo.

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A pesquisa entrevistou, entre 16 e 27 de julho, virtualmente, 1.509 pessoas homens e mulheres de todos estados brasileiros, de 18 a 65 anos, das classes A, B, C e D.

Nesta sexta-feira, a Comissão Europeia anunciou que chegou a um acordo com a farmacêutica britânica AstraZeneca para a compra de pelo menos 300 milhões de doses de sua potencial vacina contra a Covid-19. O órgão executivo da União Europeia, que negocia em nome dos 27 países do bloco, disse que o acordo prevê a opção de comprar 100 milhões de doses adicionais caso a vacina se prova segura e eficaz.

O acordo é a primeira compra antecipada da UE de uma vacina potencial contra o coronavírus.

"Hoje, depois de semanas de negociações, temos o primeiro Acordo de Compra Antecipada da UE para uma candidata a vacina", disse a comissária de Saúde do bloco, Stella Kyriakides, em comunicado.

O acordo vem depois de um acerto inicial com a AstraZeneca alcançado em março pela Aliança para Vacinas Inclusivas da Europa (IVA), grupo formado por França, Alemanha, Itália e Holanda para assegurar doses da vacina para todos os Estados-membros.

A Comissão não divulgou os termos do novo acordo, nem disse se as condições acordadas inicialmente foram alteradas.

 

Com informações da Agência Brasil, citando a Reuters

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