Olga

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LGBT contra preconceito (foto de Tânia Rêgo, ABr)
LGBT contra preconceito (foto de Tânia Rêgo, ABr)

Dia desses, a divulgação de um estudo feito pelo economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), com informações colhidas entre os 38 países-membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), da qual o Brasil não é país-membro, mas convidado, e que ocupa o segundo lugar entre os 38 da OCDE no índice de mal estar socioeconômico. Explica-se: desemprego e inflação altos demais são as prendas a oferecer para subir neste pódium.

De acordo com o estudo, em 2021-1º trimestre, a taxa de desconforto do país atingiu a marca de 19,83%, superada só pela da Turquia (26,27%, em 2020-4º trimestre). Seguem, nesta fila indesejável, Espanha, Colômbia, Grécia e Chile.

 

Orgulho LGBTQIA+

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“Aproximar os anormais é comer macarrão com arroz e achar supimpa”. Esta foi a defesa apresentada por Patrício Bisso, talento argentino radicado no Brasil, quando, nos anos 1980, foi processado por “aproximar os anormais”.

Patricio César Bisso (Buenos Aires, 1º de janeiro de 1957 – Buenos Aires, 14 de outubro de 2019) foi ator, performer, figurinista, ilustrador e cenógrafo. Ele foi vitimado por um enfarte fulminante aos 62 anos. Transgressor, engraçadíssimo e pioneiro do movimento LGBT, apresentava-se travestido nos múltiplos talentos que exercia. Nascido em Buenos Aires, Patrício Bisso foi um ícone do underground paulistano nos anos 1980, década em que montou o clássico Louca pelo saxofone, com o grupo Os Bokomokos. Sua personagem mais marcante, no entanto, foi a sexóloga russa Olga del Volga.

Quem riu com ela não se esquece e agradece.

 

Orgulho

Vergonha foi o método de controle social utilizado sobre os talentos críticos da comunidade LGBTQIA+. Orgulho é o que resulta do movimento de libertação, que tem o seu marco inicial na “batalha de Stonewall”.

No maravilhoso portal de mudanças libertárias do final dos anos 1960 / início dos 1970, no caso, precisamente em 28 de junho de 1969, no bar Stonewall, no emblemático bairro de Greenwich Village, em New York (NY, EUA), gays, lésbicas, travestis e drag queens enfrentaram a repressão policial e iniciaram uma revolução repleta de conquistas.

Conquistas que vão desde as primeiras edições do pioneiro Lampião da Esquina, jornal brasileiro que circulou de 1978 a 1981, anos de chumbo, dirigido principalmente ao público, hoje identificado como LGBTQIA+, até a conquista de importantes direitos civis (nome social, união estável, adoção), passando pela conquista do Ferro’s Bar, que é considerada a “batalha de Stonewall brasileira”, quando participantes do Galf (Grupo Ação Lésbica-Feminista, fundado em 1981) realizaram ato político pelo direito de distribuição do jornal Chanacomchana, em 19 de agosto de 1983, reconhecido como Dia do Orgulho Lésbico.

 

Só pega no bom sentido…

Desde 1830, ano da promulgação do Código Penal Imperial não havia lei que punisse o amor entre pessoas do mesmo sexo. Até a década de 1980, no entanto, o “homossexualismo” ainda era considerado “desvio de transtorno sexual”, no Código de Saúde do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Inamps).

Em 1981, o atuante Grupo Gay da Bahia, com a liderança de Luiz Mott (6 de maio, 75 anos), deflagrou a campanha nacional junto à sociedade civil, reunindo psicólogos e psiquiatras, pela retirada da homossexualidade do Código de Saúde do Inamps, conquista obtida em 1985, com decisão favorável do Conselho Federal de Medicina (CFM). Apenas em 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) adotou procedimento análogo, retirando a homossexualidade de sua lista de doenças.

 

#VACINA SIM #VACINA JÁ

Covaxim neles!

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