Onde há fumaça….

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Depois de terem negado os boatos de mercado de que estavam a ponto de se associar, a Porto Seguro e a Bradesco Seguros confirmaram de que as negociações existiam. Mas as conversas se encerraram sem acordo. A união, que seria realizada através da compra da carteira de seguros de automóveis da Porto Seguro pela Bradesco, era vista como positiva pelos analistas de mercado. Segundo nota da área de RI da Porto, as conversas iniciadas ao final de junho “não tiveram seqüência seus entendimentos com a Bradesco Seguros S/A”, diz a nota.
A Porto Seguro, única grande seguradora independente de um conglomerado financeiro, é a quinta maior do País e é líder do segmento de veículos. O modelo de negócio da companhia é voltado para atender as necessidades dos corretores de seguros e essa é uma das vantagens competitivas que faz da seguradora a primeira opção entre os corretores.
Na avaliação da Ativa Corretora, o negócio seria bom tanto para a Porto , que teria um “player com elevada capilaridade em seu capital, quanto para o Bradesco, que se associaria com a empresa líder no segmento de seguro de veículos no País”. Já a Fator Corretora afirmou, em relatório, que a associação proporcionaria a Porto Seguro maior acesso ao mercado de seguros para veículos novos, pois atualmente ela perde essa venda para seguradoras que são fortes no financiamento de veículos. Além disso, como acreditamos que o maior interessado é o Bradesco, o banco teria que pagar um prêmio pela participação no capital da Porto Seguro.

De salto alto
Para ampliar a participação das mulheres em um ambiente tido como tipicamente masculino, o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF SP) criou o IBEF Mulher. A iniciativa, que data cerca de um mês, tem dado resultados, mas a participação das mulheres na entidade ainda é pequena. No início do ano, o IBEF SP contava com 69 associadas e hoje são 85, em um total de 1.100 membros. A idealizadora da idéia de atrair as mulheres para o IBEF foi a executiva, Luciana Medeiros von Adamek (foto), atual coordenadora do IBEF Mulher e que atua como diretora da PricewaterhouseCoopers , na área de consultoria de Finanças e Contabilidade.
Apaixonada pelo mundo financeiro, Luciana trabalha nesta área há 15 anos e, desde 2003, é associada ao IBEF.
– Sempre gostei de finanças. Identifico-me com esta área – conta.
Como sentiu falta de outras colegas nos eventos do instituto, a executiva decidiu dar o primeiro passo para incentivar a participação feminina.
– Fizemos uma pesquisa sobre o motivo de existirem tantas mulheres que estão em cargos de gerencia e diretoria financeira de empresas e não participarem do IBEF. Chegamos à conclusão que um dos pontos é a necessidade de integração. Por isso esta iniciativa tem como objetivo integrar a mulher executiva e considerar a sua visão – conta Luciana.
O evento de lançamento do IBEF Mulher, no dia 31 de julho, contou com a participação de 200 profissionais. Na ocasião foram debatidos os desafios enfrentados pela mulher executiva.
– Queremos ampliar o número de associadas ao IBEF SP – afirma Luciana.
Para cumprir com esta meta, Luciana explica que serão feitos outros eventos com temas específicos para o público feminino.
Além disso, o IBEF está oferecendo a primeira trimestralidade gratuita para as novas associadas, de forma que estas possam conhecer o trabalho da entidade.
– O primeiro objetivo é que as pessoas se associem e conheçam o instituto – explica.
O IBEF Mulher vai ao encontro das mudanças que têm ocorrido no ambiente corporativo e concentrará as executivas e/ou empresárias que atuam, acompanham ou gerenciam áreas de finanças em suas empresas. A iniciativa é da unidade de São Paulo, mas outras regionais têm acompanhado o processo e podem tomar iniciativas similares.

Arbitragem
As cinco principais câmaras do eixo RJ-SP movimentaram 121 processos entre 2005 e 2008, responsáveis por cerca de R$ 2,5 bilhões. Quase a metade destes processos tramitou na Câmara de Mediação e Arbitragem do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), que recebeu a Jornada Latino-Americana de Arbitragem, nesta sexta-feira.

Gafisa exibe melhores expectativas
O Banif mudou a estimativa para o preço alvo da Gafisa, que foi elevado para R$ 30, um aumento de 25% contra a estimativa anterior, de R$ 24. “Mantemos nossa recomendação de comprar para GFSA3 principalmente em função da perspectiva positiva para o setor de construção civil e porque a ação da Gafisa ainda não está totalmente precificada, apesar do ganho de 141% no ano. De acordo com nosso preço alvo o potencial de alta é de 20%”, diz o relatório divulgado a clientes do banco.

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Agenda
4º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais

A BM&FBOVESPA realizará, entre os dias 27 e 30 de agosto, o 4º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, na cidade de Campos do Jordão, em São Paulo. O evento reunirá especialistas internacionais para debater uso eficiente de derivativos, futuro do mercado de balcão organizado, gestão de riscos, desafios da regulação e fiscalização dos mercados, oportunidades em renda fixa e variável, dentre outros temas, e já está com as vagas esgotadas para o público.

Melhores práticas de RI
O IBRI realizará o Workshop IR Awards – Melhores Práticas de RI no dia 27 de agosto, às 14h, em São Paulo. O objetivo do evento é debater os critérios de premiação e conhecer as práticas vencedoras das empresas brasileiras agraciadas com o Prêmio. Na ocasião será lançado o Estudo de Percepção do Investidor 2009.

Livro
Fundos de Pensão

A Inside Books Editora lança o livro “Gestão Financeira de Fundos de Pensão”, do autor Valdir Domeneghetti (foto). A obra é a primeira, no Brasil, a abordar temas diversos relacionados ao sistema previdenciário, especialmente ao Regime de Previdência Complementar Fechado – Fundos de Pensão, além de proporcionar ao leitor profundo conhecimento do histórico do sistema previdenciário, sua regulamentação e controle, bem como do enfoque financeiro, contábil, mercadológico, atuarial e tributário.A necessidade de aprofundar o estudo sobre este tema se deve ao volume das reservas (mais de R$ 500 bilhões) dos Fundos de Pensão (Previ, Petros, Funcef, Sistel, Valia), ao alto potencial de crescimento junto à previdência associativa e a carência de recursos de longo prazo no País.

Ana Borges

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