ONS bate recorde na demanda de carga instantânea e média no país

Energia solar alivia operação do sistema elétrico em meio a onda de calor

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Torre de energia (Foto: Jeso Carneiro)
Torre de energia (Foto: Jeso Carneiro)

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) identificou, em 15 de março, às 14h37, um novo recorde na demanda instantânea de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN). O patamar atingido foi de 102.478 MW, sendo atendida por 92,5% de energia sustentável. Ainda na última sexta-feira do Verão, houve recorde de carga média no valor de 91.338 MWmed.

O comportamento da carga foi influenciado por questões climáticas, principalmente pelas elevadas temperaturas em quase todo o país, que teve o registro de mais uma onda de calor. No caso do instantâneo, a marca anterior era de 101.860 MW, verificada em 7 de fevereiro de 2024. Já o último recorde anterior de carga média foi registrado em 17 de novembro de 2023 com 90.596 MWmed.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a fonte solar fotovoltaica tem contribuído, cada vez mais, para aliviar o sistema elétrico nacional, especialmente no atual período de onda de calor, ajudando a fortalecer o suprimento da demanda nos horários de maior consumo de eletricidade pela sociedade, em torno das 14h, segundo o ONS.

Para a entidade, a fonte solar fotovoltaica contribui para diversificar e aumentar a robustez da matriz elétrica brasileira, com sustentabilidade. Além disso, a tecnologia é altamente versátil, possui ágil implantação e contribui para a eficácia da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), sobretudo nos momentos de alterações climáticas mais severas.

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Especificamente, a geração própria solar, que opera diretamente nos centros urbanos e de consumo e em seus entornos, ajuda a fortalecer e traz mais resiliência à matriz elétrica, ao aproximar a geração de eletricidade dos locais de consumo. Isso reduz o uso da infraestrutura de transmissão, aliviando pressões sobre sua operação e diminuindo perdas em longas distâncias, o que contribui para a confiabilidade e a segurança em momentos críticos.

Ao mesmo tempo, as grandes usinas solares contribuem para reduzir a pressão sobre os recursos hídricos de usos múltiplos, cada vez mais estratégicos para a sociedade, bem como diminuir a necessidade de acionamento de termelétricas fósseis, mais caras e poluentes. A operação em conjunto e de forma diversificada das fontes renováveis abundantes no Brasil, em especial usinas hidrelétricas, solares, eólicas e termelétricas movidas a biomassa e biogás, contribui para uma maior segurança de suprimento e resiliência da matriz elétrica nacional.

No total, a fonte solar possui atualmente 40 gigawatts (GW) de potência instalada operacional, somando as grandes usinas solares e os sistemas de geração própria de energia. A tecnologia responde por 17,4% da matriz elétrica brasileira e tem contribuído de forma expressiva para a transição energética e a segurança do sistema elétrico nacional.

Ao calcular os custos e benefícios da chamada geração distribuída (GD), estudo recente da consultoria especializada Volt Robotics, encomendado pela Absolar, concluiu que a economia líquida na conta de luz de todos os brasileiros é de mais de R$ 84,9 bilhões até 2030.

De acordo com o estudo, os benefícios líquidos da geração distribuída equivalem a um valor médio de R$ 403,9 por megawatt-hora na estrutura do sistema elétrico nacional (fonte: Volt Robotics, 2023), ante a uma tarifa média residencial de R$ 729 por MWh (fonte: Aneel, 2023) no país.

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