O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) da semana operativa que vai de 11 a 17 de maio indica que as estimativas para a demanda de carga se mantêm em expansão, inclusive com projeções superiores para o Sistema Interligado Nacional (SIN) e o Sudeste/Centro-Oeste ante a primeira revisão. Para o SIN, o avanço deve atingir 7,5% (78.481 MWmed), ao passo que para o Sudeste/Centro-Oeste a aceleração pode chegar a 9,2% (45.037 MWmed). O Nordeste deve registrar crescimento de 5,9% (13.048 MWmed), seguido pelo Norte com 5,8% (7.618 MWmed) e pelo Sul com 4,2% (12.778 MWmed). Os números são comparações entre as estimativas de maio de 2024 ante o verificado no mesmo período de 2023.
Os índices de Energia Armazenada (EAR) apresentam a perspectiva de se manter acima de 70% em todos os subsistemas, ao final de maio. O percentual mais elevado ainda segue o da região Norte, com 97,3%, seguido pelo Sul, com 90,9%, e pelo Nordeste, com 73,5%. O Sudeste/Centro-Oeste, subsistema que concentra 70% dos reservatórios de maior interesse para o Sistema Interligado Nacional (SIN), deve atingir EAR de 72,4% em 31 de maio.
A projeção de Energia Natural Afluente (ENA), ao final do mês, segue muito elevada para a região Sul: 284% da Média de Longo Termo (MLT), percentual superior aos 226% da MLT apresentados na revisão anterior. O Operador Nacional do Sistema Elétrico, em coordenação com os agentes, tem acompanhado os impactos das chuvas no estado do Rio Grande do Sul, visando manter a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) segura e garantir o atendimento às demandas de carga na região. Os percentuais de ENA em 31 de maio nos demais subsistemas estão abaixo da média para o período: 96% da MLT, no Norte; 61% da MLT, no Sudeste/Centro-Oeste; e 43% da MLT, no Nordeste.
O Custo Marginal de Operação (CMO) no Sudeste/Centro-Oeste e no Sul é previsto em R$ 1,13. Para as regiões Nordeste e Norte, o CMO está zerado.
Já a geração própria solar acaba de ultrapassar a marca de 29 gigawatts (GW) de potência instalada operacional em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no Brasil. Com isso, mais de 3,7 milhões de unidades consumidoras já são atendidas pela tecnologia fotovoltaica. O dado é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Segundo mapeamento da entidade, o país possui mais de 2,6 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Desde 2012, foram cerca de R$ 142,5 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 870 mil empregos verdes acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil, contribuindo com uma arrecadação aos cofres públicos de mais de R$ 42,3 bilhões.
A tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.545 municípios e em todos os estados brasileiros. A geração própria solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos ajuda a reduzir custos para todos os consumidores de energia elétrica no país.
Recentemente, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicou as diretrizes de cálculo dos custos e benefícios da geração distribuída, conforme constam na Resolução nº 2/2024. As determinações sinalizam à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a criação de um mecanismo de tarifação justa, completa e transparente aos brasileiros.
Segundo a Absolar, essas diretrizes atendem a uma determinação da Lei nº 14.300/2022, que estabelece que todos os benefícios da GD sejam corretamente identificados, calculados e incorporados no segmento, conforme defendido pela própria associação durante as negociações do marco legal da modalidade.
A geração própria solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos ajuda a reduzir custos para todos os consumidores de energia elétrica no país. Ao calcular os custos e benefícios da chamada geração distribuída (GD), estudo da consultoria especializada Volt Robotics, encomendado pela Absolar, concluiu que a economia líquida na conta de luz de todos os brasileiros é de mais de R$ 84,9 bilhões até 2031.
De acordo com o estudo, os benefícios líquidos da geração distribuída equivalem a um valor médio de R$ 403,9 por megawatt-hora (MWh) na estrutura do sistema elétrico nacional, ante a uma tarifa média residencial de R$ 729 por MWh no país.