O boletim do Programa de Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), da semana operativa de 19 a 25 de março, indica melhores percentuais de armazenamento dos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN). As previsões, para o dia 31 de março, no subsistema Norte, é que cheguem a 94,2% de armazenamento. Considerando esta mesma data, esse nível não era alcançado desde abril de 2013. O Nordeste atingirá 93,7%, sendo que a última vez que computou a marca foi em maio de 2009. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste tem projeção de 63,9%, índice registrado em 2013.
Já o subsistema Sul continua em recuperação com previsão de fechar o mês com 36,9%. Desde o dia 26 de fevereiro, com o objetivo de preservar reservatórios e reduzir custos operacionais, o Operador foi autorizado a implementar medidas excepcionais com o objetivo de recuperar os reservatórios da região e garantir melhores condições de suprimento energético do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Em relação às afluências, o cenário também é positivo para o fim de março. A expectativa, para o Norte e Nordeste, é de 122% e 121% da MLT, respectivamente. No Sudeste/Centro-Oeste, as afluências devem chegar a 76% da MLT. E, no Sul, 68% da MLT.
A carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) pode finalizar o mês em alta de 1,7% no comparativo com março de 2021. O volume previsto é 74.015 MW médios. A Região Sudeste/Centro-Oeste indica aumento de 2,2% e 43.429 MW médios. O Nordeste tem expansão de 3,6% e 11.812 MW médios. A variação, no Sul, será de 0,5% e 13.076 MW médios. O Norte apresenta declínio de 2,4% e 5.698 MW médios.
Segundo o boletim, o Custo Marginal de Operação (CMO) está equalizado pela segunda semana consecutiva, nas regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste. A estimativa, para os subsistemas, é de queda de 9,55%, saindo de R$ 13,20/MWh para R$ 11,94/MWh. Já as regiões Norte e Nordeste permanecerão com custos zerados.
Além disso, o Brasil tem potencial para expandir a sua capacidade de geração de energia renovável – proveniente de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras de Hidráulica (CGH) – em aproximadamente 347% e com o menor impacto possível ao meio ambiente. Atualmente, as PCHs e CGHs somam juntas 5.560 megawats (MW) de energia gerada, com a possibilidade de chegar a 19.328 megawats, segundo dados da Associação Brasileira de PCHs e CGHs (Abrapch).
Ao todo, são 1.046 usinas em operação no país, com a possibilidade de instalação de outras 2.013, sem contar com o potencial existente no bioma amazônico, que totaliza outros 108 projetos.
A Abrapch, com base em relatórios da Agência Nacional de Energia (Aneel), informa que apenas na região Sul, existem atualmente 407 PCHs e CGHs em operação, com potencial para outros 828 projetos. Já na Região Sudeste existem 348 pequenas usinas em operação e a possibilidade de instalação de outras 512. No Centro-Oeste estão 182 pequenas usinas geradoras de energia, com potencial para outras 561. No Nordeste estão operando 50 PCHs ou CGHs e 114 locais seriam aptos de instalação. Já na região Norte do país estão em operação 59 usinas, com potencial para outras 108, com baixo impacto ambiental.
Leia também: