A troca de informações propiciada pelo open banking não é ameaça, mas, sim, oportunidade para as instituições financeiras, disse Zeca Doherty, superintendente-geral da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em reportagem na revista ADM Pro, publicação do Conselho Regional de Administração de São Paulo. Na edição de agosto, a revista aborda a chegada do open banking no Brasil e como ele deve facilitar a vida dos clientes e impulsionar a competitividade entre as instituições.
Na opinião de Zeca Doherty, o open banking oferece às instituições maior capacidade de análise, resultando em mais decisões baseadas em dados e na implementação de novos serviços por meio de parcerias com diferentes empresas, como as fintechs.
A implementação do open banking foi dividida em quatro fases no Brasil. A última, que valerá a partir de dezembro, é considerada a de maior impacto para a indústria de investimentos. “Ela tratará da abertura de informações do portfólio de produtos das casas, assim como da carteira dos clientes, sempre a depender da autorização prévia do investidor”.
Conhecida como open investment, essa etapa estimulará a concorrência entre os players, pois será possível ver a tarifa cobrada pelos concorrentes para um determinado serviço e oferecer um valor mais competitivo, segundo nosso superintendente-geral. Isso pode levar a uma revolução na gama de produtos e serviços.
A terceira fase, que também não foi implementada ainda, permitirá a realização de transações entre as instituições que integram o sistema. O lançamento do sistema foi em fevereiro, com o compartilhamento de informações, entre as próprias empresas, sobre produtos, serviços e taxas de cada uma, seguida pela abertura de dados cadastrais e histórico financeiro dos clientes – somente com a autorização deles –, que foi implementada em 13 de agosto
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