Opep prevê consumo em 95 mi de barris por dia

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No relatório mensal divulgado nesta segunda-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) previu que a queda anual do consumo pode ser maior do que os 8,04% projetados, podendo chegar a redução de 9,09%, devido à paralisação das atividades econômicas em alguns países, durante o segundo trimestre, maior do que o estimado inicialmente. A procura mundial deve ser em média de 90,6 milhões de barris diários ao longo de 2020, depois de se ter aproximado de 100 milhões de barris por dia em 2019. A queda de 9,1 milhões de barris tem um aumento de 100 mil em relação ao calculado no anterior relatório.

Contudo, a Opep prevê uma constante melhoria, depois de uma diminuição para 81,84 milhões de barris por dia no trimestre passado, o consumo de petróleo sobe para 92,10 milhões no trimestre atual e prevê-se que avance para 95,83 milhões nos últimos três meses do ano. Para 2021, a Opep espera que, com base numa melhoria da situação epidemiológica, haja um aumento de sete milhões de barris diários, para uma média de 97,63 milhões de barris.

Estas previsões partem de um cenário de maior contenção da pandemia, “sem grandes transtornos para a economia global”, salientam os peritos da organização, acrescentando que a incerteza quanto à evolução da situação e do seu impacto no mercado petrolífero prevalece. Devido a essa incerteza, os peritos consideram necessário que os produtores mantenham limitada a oferta e que os consumidores incentivem o consumo energético. Nesse sentido, referem-se ao corte na produção decidido em abril pelos membros da Opep e por 10 aliados independentes (incluindo a Rússia) e dizem esperar que outros produtores sigam o mesmo caminho para apoiar os preços.

 

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Caixa e baixa alavancagem beneficiam BR

A combinação entre redução de volume e de preços fez o lucro líquido da BR Distribuidora cair 37,7% no segundo trimestre ante igual período do ano passado, para R$ 188 milhões. O Ebitda ajustado ficou em R$ 816 milhões entre abril e junho, aumento de 61,3% na comparação anual, com o efeito positivo de uma recuperação de crédito de PIS/Cofins, que somou R$ 376 milhões. O Bradesco BBI mantém a visão positiva para a BR Distribuidora, apesar do resultado mais fraco no segundo trimestre do ano. A instituição financeira destacou a posição de caixa e a baixa alavancagem da empresa, que está em apenas uma vez a relação entre dívida líquida e Ebitda. Os próximos gatilhos para a ação são os resultados trimestrais que podem mostrar mais benefícios dos programas de corte de custos em andamento, recuperação de volumes e menor volatilidade do preço do combustível. O Morgan Stanley lembrou que o consumo de combustível está se recuperando, apontando para “expansão de margem nos próximos trimestres”.

 

Vendas da Raia Drograsil dão sinais de recuperação

No segundo trimestre, a Raia Drograsil suspendeu temporariamente as atividades de 124 lojas, principalmente das que estão instaladas em shoppings centers, por causa da redução no tráfego e pessoas. A receita líquida totalizou R$ 4,45 bilhões, 5,8% maior que a do mesmo período do ano passado e a bruta subiu 6,3%, para R$ 4,72 bilhões, mas a margem bruta recuou a 28%, de 29%. Os analistas do Credit Suisse consideram que o adiamento do reajuste do preço dos medicamentos contribuiu para o resultado da Raia Drogasil, assim como o fechamento temporário de 124 lojas. Apesar do segundo trimestre desafiador para o segmento de farmácias, acreditam que as indicações de uma recuperação das vendas em julho mostram sinais de recuperação mais cedo do que o esperado.

Os especialistas do Bradesco BBI também esperam que os próximos trimestres sejam mais positivos. Há uma mencionada melhora dos volumes com preços reajustados a partir do terceiro trimestre, e são de opinião que isso deve colocar as receitas da Raia Drogasil de volta no caminho do crescimento. No entanto, devido a múltiplos já elevados, o Bradesco BBI manteve a recomendação da empresa como “neutra”, com preço-alvo de R$ 117. Os técnicos do BB Investimentos e do Brasil Plural cortaram a recomendação para a ação da companhia para equivalente à neutra.

 

Lucro da XP Inc. foi 148% maior

XP Inc. registrou um lucro líquido ajustado de R$ 565 milhões no segundo trimestre de 2020, valor 148% superior na comparação com igual período do ano passado e 36% em relação ao trimestre imediatamente anterior. A receita líquida, por sua vez, teve alta de 68% na comparação anual, passando de R$ 1,147 bilhão para R$ 1,921 bilhão. A margem líquida ajustada passou de 19,9% no segundo trimestre de 2019 para 29,4% no mesmo período de 2020, uma alta de 9,51 pontos percentuais.

 

Negócio não será favorável para Linx

Cada ação da Linx sendo trocada por uma nova ação PN classe A e B da Stone. Após outras etapas, o valor base da operação será de R$ 33,7625 por ação da Linx. O Bradesco BBI considera que o negócio não reflete os problemas que serão enfrentados e por isso rebaixou a ação da Stone de neutro para venda. A aquisição da Linx aumenta a exposição de Stone aos negócios mais complexos de ERP, enquanto a empresa ainda trabalha para entregar mais na frente ABC (adquirência, banking e crédito).

Os do Credit Suisse, no entanto, destacaram que a aquisição da Linx pela Stone reflete as iniciativas ainda em estágio inicial, nos segmentos de banking, pagamentos e comércio eletrônico, mas não levam em conta possíveis sinergias, embora as de custo sejam esperadas. Os do Morgan Stanley destacam o potencial de novos clientes para a Stone, além de novas soluções em software, pois a Linx opera uma das mais bem sucedidas plataforma de software para varejo no Brasil, com uma participação de mercado de 42%.

A Linx, no segundo trimestre, registrou lucro de R$ 2,80 milhões, em queda de 77,5% sobre o do mesmo período do ano anterior.

 

Resultado da Eneva aumenta 443%

A Eneva registrou lucro de R$ 85,8 milhões no segundo trimestre, ante R$ 15,8 milhões no mesmo período de 2019. O aumento foi basicamente dos valores relacionados a poços secos e a melhoria do resultado financeiro líquido. O Ebitda ficou em R$ 279,2 milhões, uma redução de 2%.

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