Oposição no Senado e na Câmara quer investigar denúncias de Moro

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O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), defendeu a realização de audiência pública com Sérgio Moro, para que o ex-ministro da Justiça explique as denúncias feitas contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. Moro seria ouvido na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ).

Segundo a Agência Senado, a presidente dessa comissão, Simone Tebet (MDB–MS), informou que aguarda autorização da Mesa Diretora do Senado para que a CCJ possa realizar audiências durante o atual período de pandemia de coronavírus.

Randolfe também propôs que a Polícia Federal (PF) realize busca e apreensão no celular da deputada Carla Zambelli (PSL-SP), com quem Moro teria conversado sobre a aceitação da mudança no comando da PF em troca da sua indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o ex-juiz, a proposta partir da deputada, e ele se recusou a discutir o assunto.

Os deputados Rogério Correia (MG), Paulo Pimenta (RS), Natália Bonavides (RN) e Célio Moura (TO), todos do Partido dos Trabalhadores (PT), pediram a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar crimes que teriam sido cometidos pelo ex-ministro Sério Moro enquanto esteve à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo os autores, a CPI deverá buscar informações sobre o envolvimento de Moro em crimes como prevaricação, obstrução a investigações e advocacia administrativa.

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Não se viu qualquer empenho do Ministério [da Justiça] ou da Polícia Federal, sob seu comando, no sentido de verificar o conteúdo das informações trazidas pelo site The Intercept, que continham indicações graves de crimes e ilegalidades cometidos pelos integrantes da operação Lava Jato”, diz a justificativa, de acordo com a Agência Câmara de Notícias.

A CPI teria também como objetivo investigar um suposto acordo firmado entre Moro e Bolsonaro para que o então juiz aceitasse assumir o cargo de ministro. Os deputados argumentam que Moro teria exigido uma pensão para a família, caso ele viesse a falecer, e pretendia ser indicado futuramente para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal.

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