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Segundo o jornal Clarin, cerca de 13 mil contas de luz chegaram em Córdoba (uma das principais províncias argentina) com vencimento para janeiro de 1900. Embora o jornal garanta que o problema foi sanado e novas contas estão sendo emitidas, quem acha que a Argentina é o Brasil amanhã tem bons motivos para acrescentar um novo pedido na virada do ano.
Em tempo, o Centro de Cooperação Internacional contra o bug, da ONU (Organização das Nações Unidas) garante que a Argentina é um dos países do mundo mais bem preparados para enfrentar o bug do ano 2000. Ninguém quer imaginar qual seja o pior.
Caipirinha
Erro na data de vencimento das contas é o que menos preocupa os moradores de Buenos Aires. A cidade vem sofrendo nas últimas semanas com “apagões” frequentes. À semelhança do Brasil, as desculpas apresentadas pelas duas distribuidoras de energia privatizadas no Governo Menen: a estiagem e o forte calor.

Estagnado
Com ou sem bug, os anúncios das empresas de telefonia antes da virada do ano mostram que, um ano após a privatização do setor, o sistema não recebeu os investimentos necessários para atender aos usuários. Todas as empresas pediam antecipação das ligações para evitar congestionamentos, talvez prevendo uma repetição da pane que paralisou as comunicações interurbanas no meio do ano. A Embratel, em comunicado, falava em 3 milhões de novos celulares como uma ameaça ao bom funcionamento do serviço – ou seja, a entrada em funcionamento de telefones pode ter sido boa para o faturamento das empresas, mas não teve reflexo na infra-estrutura da telefonia brasileira.

Mudança de ramo
Com pouco mais de um ano de atuação no Brasil, a Telefônica de Espanha parece que já decidiu mudar de ramo. Pelo menos, é o que se deduz da orientação da empresa para que as pessoas evitem se falar no último dia do ano. Vai ver, a Telefônica pensou que no Brasil as pessoas se congratulavam no réveillon usando fumaça ou talvez colocando toalhas nas janelas.

Padrão
Nos últimos dias de 99, usuários da Cerj e da Telemar parecem ser os menos estressados com eventuais problemas causados pelo bug da virada do ano. Caso isso ocorra, periga não ser notado por muitos usuários acostumados ao nível do serviço das empresas.

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Credibilidade
Foi impressão ou a corrida aos bancos em busca de extratos das contas se acelerou depois que o Governo e as instituições garantiram que não haveria nenhum problema com o dinheiro dos clientes?

Feliz 99
Segundo o ministro da Previdência, Waldeck Ornelas, o Tesouro repassa mensalmente R$ 700 milhões para ajudar a fechar o caixa do INSS. No ano, são R$ 8,4 bilhões. Ou um pingo de água no oceano em relação aos R$ 140 bilhões que o Governo torrou este ano com pagamento de juros e representaram 16,6 vezes do que foi destinado pelo Tesouro a aposentados e pensionistas.

Pobres & ricos
Só para o contribuinte entender: quer dizer que a tabela de desconto do imposto de renda para o ano 2000 permanece congelada pelo quinto ano, enquanto as tarifas de serviços públicos privatizados vão ser corrigidas pelo IGP, que beira os 20%.

Ação
Em Sergipe, 8.200 crianças de 14 municípios deixavam de ir a escola para ajudar na colheita de laranja. Com o apoio da Unicef, fundos das Nações Unidas para a infância, essas crianças voltaram a estudar. As mães passaram a receber R$25,00 por criança; as prefeituras recebem outros R$25,00, para promover atividades educativas complementares.

Feliz ano novo
Generoso, o ministro da Previdência, Waldeck Ornelas, resolveu depositar, desde dia 10 de dezembro, R$ 4,7 bilhões nas contas dos bancos para pagamentos da Previdência, embora estes somente comecem a ser feitos dia 3 e o governo do qual Ornelas participa garanta que não haverá nenhum problema no sistema bancário causado pelo bug. A assessoria do Ministério garante que os recursos são remunerados pela Taxa Selic. Ignora-se quanto os bancos faturam ao repassar a dinheirama para seus clientes, mas ninguém duvida de spreads estratosféricos. A Previdência diz que a antecipação demonstra uma preocupação com os velhinhos, mas pode-se também debitar à atenção tucana com a saúde da banca.

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