Os 100 anos do jovem PC chinês

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Abertura legislatura na China (foto de Li Xuerem, Xinhua)
Abertura legislatura na China (foto de Li Xuerem, Xinhua)

A marca de 100 anos de fundação do Partido Comunista da China motiva análises sobre sua atuação. Um erro recorrente é tentar enxergar o PC chinês sob a ótica da democracia liberal e dos valores ocidentais. Este colunista esteve, recentemente (quando ainda se podia viajar), no gigante asiático por 2 vezes; se isso não torna ninguém um especialista, tem como vantagem permitir uma abordagem a partir de uma experiência pessoal. Alguns fatos ficaram marcados na lembrança:

– A China está em mudança constante; a diferença de alguns meses já permite ver alterações nas construções, no comportamento com o estrangeiro e até na quantidade de locais que falam inglês;

– Os chineses evitavam, em um grande hotel, entrar no mesmo elevador que ocidentais. Disse uma guia que isso se deve à timidez;

– Na Muralha, um grupo de adolescentes pede a um grupo de jornalistas estrangeiros para tirar uma foto; não delas, mas delas com os ocidentais (tiveram sorte: quem registrou a cena foi um repórter fotográfico);

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– O chinês se parece um pouco com o brasileiro: não é muito pontual e gosta de externar alegria;

– A relação dos membros com o PC é defendida, às vezes até com um toque de ironia;

– A disciplina e organização estão presentes, mas há jogo de cintura, quando, por exemplo, o grupo de jornalistas insiste em alargar a agenda;

– A China de hoje lembra o Brasil em crescimento, em que os pais tinham certeza de que seus filhos teriam uma vida melhor que a deles.

O mais marcante, contudo, é a relação com uma cultura milenar. Algo acontecido em 1600 dC é visto como recente. Essa forma de encarar o tempo é determinante: os acontecimentos são vistos em sua plenitude, as análises não são precipitadas, as decisões são tomadas nos momentos que consideram adequados. Chega até a ser contraditório ver a celebração do ainda “menino” PC da China. Mas quem olha a história do país ao longo dos milênios, tem chance melhor de compreender.

 

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A Rota, unidade da PM paulista que mais matou suspeitos de crimes em 2019, registrou sua última morte em ação em 31 de maio. Em 4 de junho, foram instaladas nos uniformes dos agentes. Quase 1 mês depois, não houve uma única morte em confronto.

 

Rápidas

A chef Adriana Souza, do restaurante Empório Safra Família, é a próxima convidada do projeto Gente que Faz, produzido por Bayard Boiteux. A live é neste sábado, no @embaixadoresrio *** O professor de Ciência Política da UFRJ Luiz Eduardo Motta faz palestra sobre “Teoria marxista do Estado e relações internacionais” nesta sexta-feira, 14h. Inscrições pelo e-mail [email protected] *** O Ibef-Rio apresentará no Café com Energia “A Nova Lei do Gás, oportunidades e desafios”, nesta sexta, às 9h30, com Marcello Lobo (Pinheiro Neto Advogados) e Nicola Miccione (secretário de Estado da Casa Civil RJ) e moderação de Rogério Rocha (C3R Energia) *** O consultor Luiz Affonso Romano modera nesta quinta a temática “Consultoria Organizacional como Profissão” com palestras de altas lideranças de instituições como Sebrae, CFA e FGV no Congresso Brasileiro de Consultoria Organizacional e primeiro Congresso Luso-Brasileiro de Consultoria de Gestão.

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