Os desafios de empreendedores no processo de internacionalização

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Home office (foto divulgação)
Home office (foto divulgação)

Quando falamos no processo de internacionalização, geralmente vêm em mente as gigantes multinacionais. O que, de uns tempos para cá, não é o caso. Fazer negócios fora do Brasil tem gerado tantas oportunidades que empreendedores e pequenas empresas passaram a olhar para essa possibilidade com mais atenção.

Dados da Fundação Dom Cabral (FDC) reforçam essa percepção: as organizações brasileiras estão presentes e atuam diretamente em 40,8% do globo; 89 países possuem sedes próprias ou franquias de empresas brasileiras; e são mais de 500 com operações fixas em outros países.

O movimento de internacionalização traz grandes possibilidades e isso não mudou com a desaceleração da economia (causada pela pandemia de Covid-19). Ainda de acordo com a FDC, mais de 70% das empresas buscam entrar em novos mercados nos próximos anos.

Na teoria, é tudo muito surpreendente e vantajoso, mas, na prática, são muitos os desafios de se internacionalizar uma marca, produto ou serviço. As empresas encontram barreiras que vão desde as variações cambiais (mais fortes do que nunca hoje em dia) até entraves burocráticos para realizar contratações nos países de interesse.

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Além de estudar muito bem a viabilidade do negócio fora do Brasil, é preciso levar algumas outras questões em consideração antes de dar esse passo. Uma das primeiras etapas, após o estudo do mercado de interesse, é preciso olhar com atenção os aspectos legais de operação de empresas no país escolhido.

Nesse caso, vale estudar com cuidado as documentações necessárias para tornar a operação da sua empresa legal na região – quais leis e exigências são necessárias para operar nesse lugar? É preciso observar que muitas regiões exigem, por exemplo, certificações específicas que comprovem a qualidade do seu produto ou serviço.

Uma vez que todas as documentações e exigências foram analisadas e adequadas, coloque no cronograma o estudo de empresas semelhantes a sua que operem na região de interesse. Avaliar concorrentes é a melhor maneira de estipular os primeiros passos da sua marca fora do Brasil – especialmente para entender questões de sazonalidade e outros desafios que podem variar muito de país para país.

Uma etapa importante para a internacionalização de uma empresa é pensar no modelo e na estratégia a ser seguida nesse novo passo. Existem as mais diversas formas de levar uma marca para fora do Brasil, qual melhor se adéqua para você? Pode ser o modelo mais comum de mercado, que é o de exportação. Nesse caso, os riscos são menores e a adaptação é mais tranquila. Ou, então, pensar em um esquema de franquias, encontrando parceiros que sejam capazes de representar a sua marca no país de interesse. Uma outra possibilidade é a de investimentos diretos, ou seja, comprar uma empresa local que já existe e opera e vender por meio dela.

As possibilidades são muitas, e é importante definir qual está mais em linha com o seu objetivo de negócios antes de sair tomando atitudes precipitadas. De qualquer forma, vale avaliar levar a sua marca para fora do Brasil, pois o momento é bastante propício para esse tipo de movimentação. Por que esperar?

 

Rafael Dutra é CEO da Elements.

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