Os entraves para as exportações fluminenses

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Burocracia alfandegária, problemas de infra-estrutura nos transportes e taxa de câmbio são considerados os principais entraves às exportações pelas empresas do estado do Rio de Janeiro. As informações são do “Diagnóstico do Comércio Exterior Fluminense”, pesquisa feita pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) para verificar o perfil das empresas que atuam no comércio exterior e os principais empecilhos a serem superados para uma maior inserção do Brasil no mercado internacional.
Os dados são referentes a 2010, quando o Rio de Janeiro passou a ocupar a terceira posição entre os maiores estados exportadores do país, respondendo por 9,9% do volume das vendas externas brasileiras (era o nono em 2000). O estado registrou números recordes no ano passado: US$ 20 bilhões de exportações, crescimento de 48,1% em relação a 2009, e US$ 16,6 bilhões de importações, incremento de 43,1% no mesmo período de comparação.
Fizeram parte da pesquisa 301 empresas de 27 setores representativos da economia fluminense, como serviços, metalurgia e comércio. Ao serem questionadas sobre quais os três principais entraves às exportações em ordem de importância, 25,1% das empresas indicaram a taxa de câmbio como o empecilho mais relevante. Em seguida, os empresários citaram a burocracia alfandegária (21,2%) e problemas de infra-estrutura portuária, aeroportuária e rodoviária (9,5%). Sobre os entraves que devem ser combatidos de forma prioritária pelo governo, a burocracia alfandegária (26,3%) e a taxa de câmbio (21,8%) foram novamente os mais lembrados, seguidos pelos custos tributários e dificuldade de ressarcimento de créditos (11,2%).

Bons negócios na África
A Missão Comercial a Moçambique, Angola e África do Sul organizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) concluiu na sexta-feira, a etapa angolana da ação, com a realização de visitas técnicas de empresários brasileiros a potenciais compradores. No total, as 53 empresas brasileiras que estiveram em Angola participaram de 535 encontros com empresários locais. A estimativa é que sejam gerados negócios de US$ 51 milhões para os próximos 12 meses. Considerando os US$ 19 milhões projetados na visita a Moçambique, o volume total de negócios (US$ 70 milhões) já supera a estimativa inicial da Missão, que era de US$ 60 milhões.

Vendas para o mercado argentino
De janeiro a outubro deste ano, o Brasil exportou US$ 18,882 bilhões para o mercado argentino, com uma participação de 8,9% do total das vendas brasileiras para o mundo. As importações provenientes da Argentina foram de US$ 13,917 bilhões e representaram 7,5% das aquisições brasileiras no mercado internacional. Com isso, registra-se, em 2011, um saldo positivo para o Brasil de US$ 4,964 bilhões.

Produtos importados batem recorde
A participação dos produtos importados no consumo doméstico de bens industriais atingiu 21,5% no fechamento do período de quatro trimestres encerrado em setembro, com alta de 1,2 ponto percentual sobre o acumulado dos quatro trimestres de 2010. Foi o maior valor da série histórica, quase 10 pontos percentuais acima do ponto mais baixo, registrado em 2003. A participação das exportações na produção industrial, por sua vez, atingiu 17,9% no acumulado do mesmo período de quatro trimestres encerrado em setembro, aumento de 0,4 ponto percentual em relação a 2010.

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Preocupação no setor calçadista
Quedas de 5.500 vagas na indústria nos últimos 12 meses, de 29,1% na balança comercial setorial no acumulado até outubro e de 10,7% na produção no acumulado de setembro. Estes foram os resultados preocupantes que o setor calçadista brasileiro registra às vésperas do final do ano. “São grandes os riscos para a nossa indústria”, aponta Milton Cardoso, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

Encomex Mercosul em Curitiba
Durante o 3º Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (3º Encomex Mercosul), marcado para os dias 1º e 2 de dezembro, em Curitiba-PR, 23 estados estarão reunidos com 15 entidades nacionais parceiras do Plano Nacional da Cultura Exportadora para validar e ajustar o planejamento para os anos 2012-2015. No evento, serão definidos os mapas estratégicos de comércio exterior e os planos de ação com o objetivo de promover a cultura exportadora em todo o país.
Os documentos trarão ações e iniciativas planejadas entre diversas instituições nacionais e locais, com metas claras e com o alinhamento ao Plano Brasil Maior, para consolidar uma política nacional de comércio exterior.

Futuro da América Latina
A integração econômica e as oportunidades de investimentos nos países latino-americanos serão discutidas na Conferência Américas + 10: Empresas e Empresários nas Américas em 2022. O encontro, organizado pelo Conselho Empresarial da América Latina (Ceal) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), será realizado nos dias 29 e 30 de novembro. No evento, que ocorrerá na sede da CNI, em Brasília, os empresários discutirão estratégias de negócios para os próximos dez anos na região

Antonio Pietrobelli
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