“Não é um ato da natureza que deixa mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo na extrema pobreza; é um resultado da negação de direitos humanos fundamentais. Uma parceria global é essencial para facilitar o direito ao desenvolvimento a todos os indivíduos.” A afirmação faz parte das conclusões de debate do Conselho de Direitos Humanos, realizado, semana passada, em Genebra, sobre o direito ao desenvolvimento. O evento foi o último ato da série de atividades organizadas ao longo de 2011 para marcar o 25° aniversário da Declaração das Nações Unidas sobre o Direito ao Desenvolvimento. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) estima que um terço da população em 104 países emergentes vive em situação de pobreza multidimensional, o que equivale a 1,75 bilhão de pessoas.
Nota 10 e nota 0
A multidão – estimada entre 1,5 milhão e 2 milhões de pessoas – que foi assistir ao espetáculo do réveillon de Copacabana está de parabéns; a empresa responsável pelos fogos, também. Param por aí os elogios à festa. No que dependeu do governo estadual e da prefeitura, o maior espetáculo da virada do ano do mundo foi pura desorganização (adjetivo que deve ser estendido à direção do metrô carioca). Compreende-se a dificuldade em transportar número tão expressivo de pessoas, mas isto nada tem a ver com a falta de informação, ausência de planejamento e total omissão da PM e da Guarda Municipal.
Quem foi à festa viu ônibus e táxis andando em alta velocidade lado a lado com transeuntes atravessando o túnel, pessoas sem saber aonde ir ao final da festa para tomar condução, filas no metrô, ônibus e táxis parados no previsível – e por isto mesmo evitável – engarrafamento.
Não houve confusão simplesmente porque a população queria apenas se divertir, ver o espetáculo e passar a virada do ano em paz. Se dependesse do poder público, teria sido um fracasso ou até uma tragédia.
Operação limpeza
Esta coluna, diante do caos que foi a organização do réveillon carioca, chegou à conclusão que prefeitura e governo estadual já ultrapassaram os limites da incompetência: é puro e simples desleixo, certos de que a emissora de TV dominante fará – como tentou fazer – todo o possível para transformar barro em ouro.
Estranho
“Estranho José Serra não entrar na Justiça.” A afirmação foi feita pelo jornalista e dono da Geração Editorial, Luis Fernando Emediato, responsável pela publicação do livro A Privataria Tucana.
Em entrevista à Rádio 730, de Goiás, nos últimos dias do ano passado, Emediato disse estranhar o fato de o PSDB ter anunciado que iria ao Judiciário contra o autor da publicação, o jornalista Amaury Ribeiro Júnior: “Os denunciados no livro são o senhor José Serra, a filha dele Verônica Serra, o genro dele, o primo dele e outras pessoas. Não é o PSDB. É muito estranho que um partido ingresse na Justiça contra o livro e uma editora, sendo que o partido, em si não é citado. Estranhamente, o senhor José Serra não está entrando na Justiça”, comparou.