Novo paradigma de desenvolvimento em que a circulação doméstica é o esteio
Em 2021, diante de um complexo cenário internacional e surtos esporádicos da Covid-19 no território nacional, o governo chinês persistiu no princípio de procurar crescimento enquanto manter a estabilidade, coordenando de forma científica as restrições sanitárias e o desenvolvimento socioeconômico. Como resultado, a reforma, a abertura e a inovação conheceram novos progressos, assegurou-se efetivamente o bem-estar dos cidadãos, o novo paradigma de desenvolvimento tomou forma e novas conquistas foram alcançadas no desenvolvimento de alta qualidade. À medida que mantém uma tendência estável de recuperação, a economia chinesa tem alcançado os seguintes êxitos notáveis:
Em primeiro lugar, o crescimento econômico chinês mantém-se no topo do mundo. Em 2021, o PIB chinês chegou a 114,4 trilhões de RMB, ou US$ 17,7 trilhões. O crescimento de 8,1% continua à frente das principais economias do planeta. De acordo com as últimas projeções do Fundo Monetário Internacional, o PIB da China deve representar cerca de 18% da economia mundial em 2021, com a taxa de contribuição de até 25% ao crescimento global.
Em segundo lugar, o padrão de vida registra melhoria constante. O governo chinês vem fortalecendo seus esforços para garantir o abastecimento e estabilizar os preços, aumentando a disponibilidade de produtos de primeira necessidade no mercado. O Índice de Preços ao Consumidor, principal indicador de inflação, sofreu uma alta moderada de 0,9%.
Mais de 12,69 milhões de novos postos de emprego foram criados em áreas urbanas, onde a taxa de desemprego pesquisada foi de 5,1%, 0,5 ponto percentual abaixo da média do ano anterior. Em rota ascendente, a renda disponível per capita aumentou 8,1% em termos reais, acompanhando o crescimento econômico do país. Continuaram a crescer os investimentos no bem-estar social, entre os quais o investimento nos setores da saúde e da educação aumentou 24,5% e 11,7% respectivamente.
Em terceiro lugar, o comércio exterior demonstra um avanço histórico. O total de importação e exportação de mercadorias registrou uma alta de 21,4%, faturando 39,1 trilhões de RMB, aproximadamente US$ 6,05 trilhões, ultrapassando, pela primeira vez, a marca de US$ 6 trilhões. O volume das exportações e a participação no mercado internacional atingiram um novo recorde, enquanto foram otimizadas a estrutura e a qualidade desse comércio.
O quarto ponto a ressaltar é mais uma boa colheita na produção de grãos. A safra de 2021 foi um novo recorde histórico, com uma produção de 682,85 milhões de toneladas de grãos, 13,36 milhões de toneladas a mais do que no ano anterior, um aumento de 2%. Dessa forma, a China consolidou sua capacidade de abastecer a população, garantindo efetivamente a segurança alimentar do país.
O quinto ponto é o florescimento de novas indústrias e novos modelos de negócios. A indústria manufatureira de alta tecnologia produziu 18,2% a mais do que o ano anterior. A nova geração de tecnologia da informação acelerou a penetração e a inserção em novas áreas de consumo, como compras on-line, pagamento móvel e integração online e offline.
Manufatura avançada e serviços modernos crescem de forma integrada, e o setor terciário faturou 8,2% a mais, representando 53,3% do PIB nacional e contribuindo com 54,9% para o crescimento econômico. Foi acelerada a transição verde da economia de maneira a construir um arcabouço institucional “1+N” para alcançar o pico das emissões e a neutralidade de carbono. Grandes projetos de energia eólica e fotovoltaica estão em fase de planejamento ou implementação em áreas arenosas, rochosas e desérticas.
O crescimento econômico da China superou as expectativas e também foi superior à meta estabelecida no início do ano, demonstrando forte resiliência e dinamismo. O bom desempenho da segunda maior economia do mundo fortalece a confiança na recuperação econômica global e injeta um novo ímpeto na retomada, dando protagonismo ao seu papel de “motor principal” e “estabilizador”. Num contexto de retração do comércio mundial, a China disponibiliza a empresas em todos os cantos do mundo um mercado maior, melhores oportunidades e mais espaço de desenvolvimento, dando um impulso fundamental para o crescimento da economia global.
Enquanto a recuperação econômica global ainda enfrenta o desafio da pandemia, o mundo precisa lidar com a instabilidade e a incerteza. Já a economia da China também sofre pressões causadas pela contração da demanda, pelos choques de oferta e pelas expectativas enfraquecidas, de maneira que ainda encontrará vários riscos e desafios pela frente. No entanto, deve-se notar que permanece inalterada a situação básica em que a economia chinesa mantém forte resiliência, grande potencial e tendência promissora a longo prazo, e permanece inalterado um ímpeto de recuperação sustentada e estável, bem como as condições para um desenvolvimento de alta qualidade.
A China está acelerando a construção de um novo paradigma de desenvolvimento em que a circulação doméstica é o esteio, e as circulações doméstica e internacional se reforçam mutuamente, promovendo um maior grau de abertura ao exterior. Temos a confiança, a força, a capacidade e as condições de alcançar um desenvolvimento econômico estável e sólido.
Parceiros estratégicos globais, China e Brasil mantêm, nos últimos anos, uma cooperação frutífera em todos os campos. A parceria econômica e comercial venceu adversidades como a pandemia e registrou crescimento em 2021. O comércio bilateral cresceu 32% e ultrapassou a marca de US$ 130 bilhões, um novo recorde histórico. Dessa forma, a China permanece como o maior parceiro comercial do Brasil.
O desenvolvimento sustentado e estável da economia chinesa expandirá as perspectivas para a parceria comercial sino-brasileira. A China está disposta a compartilhar as oportunidades e os dividendos de seu desenvolvimento com o Brasil e outros países. Vamos unir forças para fazer maiores contribuições para vencer a pandemia, facilitar a recuperação econômica global e promover o desenvolvimento sustentável no pós-pandemia.
Tian Min é cônsul-geral da China no Rio de Janeiro.