Os ganhadores de Milei

Motosserra usada por Milei na Argentina é seletiva: especuladores e setor agrícola são os maiores ganhadores

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Protesto de aposentados na Argentina contra o fascismo, contra Milei
Protesto de aposentados na Argentina contra o fascismo (foto de Sebastián Hipperdinger, Europa Press)

Em entrevista à agência de notícias Xinhua, o professor titular de Economia da Faculdade de Buenos Aires, Jorge Marchini é direto ao avaliar os efeitos da motosserra de Milei na economia da Argentina: “Sem dúvida, a economia argentina tem ganhadores e perdedores; isso depende das condições macroeconômicas. Os ganhadores até este último período foram os setores financeiros, sobretudo, porque o próprio governo tem incentivado a entrada de capitais com retornos atrativos, especialmente no mercado de títulos públicos”, enfatizou.

Para Marchini, os setores que se beneficiaram da situação recente foram aqueles ligados à especulação e aos investimentos de curto prazo, enquanto os exportadores enfrentam desafios decorrentes de uma taxa de câmbio menos competitiva. Outros setores beneficiados foram o agrícola, que neste ano teve uma boa colheita e ótimas condições de produção, o de energia e o de mineração.

Na opinião do professor, o maior desafio da economia argentina neste ano é, principalmente, resolver sua situação com os credores externos, devido aos vencimentos da dívida com o FMI, além da situação das reservas internacionais. Ele apontou uma possível “desvalorização da moeda, o que também significa uma mudança nos preços relativos no país, o que pode causar dificuldades para a Argentina”.

Marchini indicou que a consolidação de um cenário melhor dependerá da recuperação da economia após o agravamento da recessão vivida em 2024, além de fatores externos, como a demanda internacional por produtos agrícolas e energéticos e a situação financeira.

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Bolsonarista em 2 tempos

Em artigo publicado num jornal do Rio nesta terça-feira, o governador bolsonarista Cláudio Castro classificou a proposta de zerar o ICMS de “populismo fiscal” e ressaltou que a proposta compromete “o equilíbrio fiscal e a estabilidade da economia”.

Em 2022, ano da eleição em que Bolsonaro acabaria derrotado por Lula, Castro comemorou a proposta feita pelo então presidente de redução do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações: “Não é fácil para o estado abrir mão de R$ 3,9 bilhões de arrecadação somente neste ano [2022], mas o momento requer sensibilidade diante do impacto dos seguidos reajustes de preços no bolso do consumidor.”

A conta, na verdade, passou de R$ 9 bilhões e foi paga pelo governo Lula.

Rápidas

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