Ex-queridinho do mercado financeiro, o presidente do Federal Reserve (Fed, espécie de banco central privado dos Estados Unidos), Alan Greenspan, vive prolongada fase de viés de baixa junto aos norte-americanos que habitam o mundo da economia real. Segundo pesquisa do Instituto Gallup, apenas 24% confiam na forma como Greenspan conduz a economia, enquanto 41% a rejeitam. O presidente do Fed conseguiu ter uma avaliação inferior até à de Bush, que tem a confiança de 35% e a rejeição de 30%.
Os número de Palocci
Antes de aprovar a toque de caixa a redução de direitos previdenciários antes considerados intocáveis ao tempo de oposição, parlamentares, principalmente governistas, deveriam se debruçar sobre dados do Ministério da Fazenda. Segundo a Fazenda, até fevereiro de 2003, o déficit do INSS foi de R$ 1,2 bilhão e o do setor público federal, de R$ 4,8 bilhões, totalizando R$ 6 bilhões.
O sistema de previdência do INSS arrecadou R$ 12,4 bilhões (sendo R$ 1 bilhão via CPMF) em contribuições de empregadores, empregados e autônomos da iniciativa privada, contingente que soma 50 milhões de pessoas. Ao mesmo tempo, pagou benefícios da ordem R$ 14,1 bilhões para cerca de 21 milhões de aposentados e pensionistas, com salário médio de R$ 360, gerando déficit de apenas R$ 1,2 bilhão.
No mesmo período, a União arrecadou R$ 9 milhões de 988.775 funcionários ativos (civis e militares), pagando benefícios de R$ 5,7 bilhões para cerca de 973.316 aposentados e pensionistas (civis e militares), com salário médio de R$ 3.175,59, gerando déficit de R$ 4,8 bilhões.
No entanto, a receita da Cofins (um dos suportes da seguridade social), de R$ 9,4 bilhões, foi desviada para pagamento do serviço da dívida. Se isso não ocorresse, o “déficit” total da Previdência Social seria transformado em superávit de R$ 2,4 bilhões.
Hegemonia ameaçada
Além das suas reservas de petróleo – bem inferiores às do Iraque, é verdade – a Síria desperta a fúria belicista do governo Bush por outras razões. O país fechou recentemente, e preventivamente, acordo de assistência militar com a Rússia. Esse foi um dos pontos da pauta da visita a Moscou da assessora de segurança de Bush, Condoleezza Rice. Embora os bastidores do encontro não tenham vindo a público, o ministro do Exterior da Rússia, Ivanov, cancelou encontro programado, para esta semana, com o ministro da Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld.
A falta de confiança despertada pelo expansionismo norte-americano levou outros países da região, como Arábia Saudita e Líbano, a seguirem o exemplo sírio e iniciarem negociações com a Rússia, trocando objetivos militares defensivos para os árabes por vantagens econômicas para os russos.
Turismo muda
A Escola de Turismo da UniverCidade realiza hoje o V Seminário Sobre Novas Opções de Comercialização do Produto Turístico, setor que mudou em função dos conflitos internacionais. O evento será aberto pelo diretor da Escola de Turismo, Bayard Boiteux. Marina Barros, diretora do Escritório de Turismo de Hong Kong no Brasil, discursará sobre “A pneumonia asiática e Hong Kong”. As inscrições são gratuitas para os alunos da Escola de Turismo; para os demais interessados, custa R$ 20. Inscrições: [email protected] O seminário começa às 13h, no Teatro UniverCidade, na Unidade Lagoa (Rua Humaitá, 275 – Rio de Janeiro – RJ).
Liberdade
Para marcar, no Brasil, as comemorações de 3 de maio – Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Unesco realizam o seminário Exercendo a Liberdade de Imprensa, no dia 8 de maio, das 14h às 19h, no Naoum Plaza Hotel, em Brasília (DF). Não será cobrada taxa de inscrição, sendo, porém, necessário credenciamento via Internet no endereço www.anj.org.br/eventos/liberdade