Outras altas da Selic estão no radar do Copom

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Edifício sede do Banco Central do Brasil. Fotos produzidas pelo Senado
Edifício sede do Banco Central do Brasil. Fotos produzidas pelo Senado

Nesta terça-feira, o Banco Central divulgou a Ata da 243ª reunião do Copom (Comitê de Política Monetária, do BC), realizada nos dias 7 e 8 de dezembro e quando foi decidida a nova taxa básica de juros, a Selic (que saiu de 7,75% para 9,25%). “Para a próxima reunião (em fevereiro), o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude.
O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, destaca a ata.
O Copom declarou que avaliou o ritmo apropriado de elevação dos juros. “Concluiu-se que o ritmo de ajuste de 1,50 ponto percentual, neste momento, é adequado para atingir, ao longo do ciclo de aperto monetário, um patamar suficientemente contracionista para não somente garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante, mas também consolidar a ancoragem das expectativas de prazos mais longos”, destacou a ata.
Sobre a ata, o economista Alexsandro Nishimura, head de conteúdo e sócio da BRA, comentou que o mercado brasileiro iniciou o dia descolado do cenário externo, com leitura positiva da da última reunião do Copom. “O tom mais hawkish (conduta econômica ligada à política monetária e que tem implicações no controle da inflação e desemprego)., dando a entender que os apertos da política monetária podem ser mais intensos do que o inicialmente previsto, condiz com a indicação de aumento de 150 pontos base também na próxima reunião (Fev/22) como forma de manter as expectativas de inflação ancoradas”, disse.
O cenário básico do Copom para a inflação envolve fatores de risco em ambas as direções. “Uma possível reversão, ainda que parcial, do aumento nos preços das commodities internacionais em moeda local produziria trajetória de inflação abaixo do cenário básico”, prevê o comitê.
Políticas fiscais
Estão sendo considerados novos prolongamentos das políticas fiscais de resposta à pandemia que pressionem a demanda agregada e piorem a trajetória fiscal podem elevar os prêmios de risco do país. “Apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, o Comitê avalia que questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevam o risco de desancoragem das expectativas de inflação, mantendo a assimetria altista no balanço de riscos. Isso implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado de acordo com o cenário básico”, destaca a ata.

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