Pais: sete em 10 lojistas tiveram queda nas vendas em SP

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O Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP) previu que as vendas de Dia dos Pais para esse ano de 2020 sofreria queda drástica. E o cenário foi confirmado pelos empresários do comércio de São Paulo que responderam a uma pesquisa da entidade em formato digital. Segundo a entidade, 76% dos entrevistados responderam que houve queda nas vendas para a data comemorativa, contra 24% que viram o consumo de seus produtos aumentar.

Entre os que viram os números da caixa registradora encolherem, 46% relataram queda nas vendas entre 50 e 90% em relação ao mesmo período do ano passado. Os 34% restantes tiveram encolhimento entre 10 e 40% nas vendas.

Já entre os empresários cujas vendas aumentaram, 92% relataram acréscimo entre 10 e 40% e para apenas 8% as vendas aumentaram 70% ou mais em relação ao período de 2019.

Com base nesses dados e na dura vivência que as empresas seguem enfrentando, a entidade luta para que a carga horária de abertura do comércio seja estendida.

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"O horário reduzido de apenas 6 horas para a abertura do comércio também tem contribuído negativamente para essa realidade. Uma vez que os estabelecimentos comerciais já estão adaptados aos protocolos sanitários e de distanciamento social para atendimento ao público e também já implantaram as regras de proteção com os seus colaboradores, o Sindilojas-SP solicita tanto para a Prefeitura Municipal quanto para o Governo Estadual o retorno do horário de funcionamento das lojas para 8 (oito) horas diárias", explica Aldo N. Macri, diretor do Sindilojas-SP. 

Com base nos dados divulgados pelo Governo do Estado de São Paulo, para as autoridades de saúde há estabilidade da pandemia no estado mesmo com a retomada de parte da atividade econômica.

Já dados apurados pela Neotrust/Compre & Confie entre 25 de julho e 8 de agosto apontou que o Dia dos Pais data movimentou R$ 5,4 bilhões para o comércio digital, crescimento nominal de 95,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

 De acordo com a análise da companhia, o montante é resultado da maior quantidade de compras feitas pela internet nesse período. Ao todo, foram 13,3 milhões, aumento de 89,4% em relação ao mesmo intervalo de tempo em 2019.

"Mesmo com a reabertura parcial das lojas físicas e grandes shoppings, o resultado de vendas do Dia dos Pais comprova que o varejo online consolidou sua posição de destaque em 2020 e manterá patamares de vendas elevados mesmo após o término da pandemia e possível chegada de uma vacina", explica André Dias, CEO da Neotrust/Compre & Confie.

A proximidade do varejo digital e a distância física dos papais fizeram com que os brasileiros investissem até mesmo em presentes mais caros para essa data. De acordo com a companhia, o tíquete médio registrado este ano foi de R$ 403,80 – valor 3,2% superior ao registrado no ano passado.

Em relação ao perfil dos compradores, a companhia mostra que os consumidores de 36 a 50 anos foram os que mais fizeram compras pela internet no período (responderam por 36% de todos os pedidos realizados). Em seguida, estão os de 26 a 35 anos (31,4%) e, nas últimas posições, estão tanto os mais jovens quanto os mais velhos: consumidores de até 25 anos e os com mais de 51 anos responderam por igual porcentagem de volume de compras (16,3% cada).

As categorias mais compradas em volume durante o período foram: moda e acessórios, beleza e perfumaria e esporte e lazer. Já as que mais movimentaram o faturamento foram telefonia, eletrodomésticos e moda e acessórios.

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